O Ministério da Educação (MEC) deu mais um passo para implementação das escolas cívico-militares. A pasta iniciou nesta terça-feira, 10 de dezembro, à primeira capacitação do programa que contará com 216 escolas até 2023 — somente no próximo ano, serão 54. O modelo foi desenvolvido para promover um salto na qualidade educacional do Brasil.
A capacitação reúne 170 profissionais da educação e representantes de estados e municípios em Brasília. Eles participam de palestras e oficinas sobre o projeto político-pedagógico das escolas, as normas de conduta, avaliação e supervisão escolar, além da apresentação das regras de funcionamento das escolas e as atribuições de cada profissional.
O treinamento também vai abrir espaço para o aprimoramento das diretrizes do programa. Ao promover grupos de trabalho, o MEC vai permitir que os participantes façam sugestões ao modelo de forma a adequar a implementação das escolas às necessidades de cada local. O evento é destinado a dois grupos envolvidos no programa:
- diretores e coordenadores de escolas;
- pontos focais de secretarias estaduais e municipais de Educação, que trabalharão como multiplicadores da informação em suas regiões.
A diretora da Unidade Integrada de Duque de Caxias (Maranhão), Barbara Costa, veio a Brasília para participar das oficinas. “Estamos em uma área de vulnerabilidade, em uma praça onde acontece de tudo. Quando eu vi o lançamento do programa, nasceu dentro do meu coração e de toda comunidade o desejo de correr atrás para que pudéssemos ser uma das escolas selecionadas”, disse.
Para garantir a participação de sua escola no programa, Barbara procurou a secretaria de Secretaria Municipal de Educação de São Luís, que, por sua vez, acionou a prefeitura. “Assim, foi possível estar aqui participando da primeira capacitação para esse modelo tão importante que a nossa comunidade tanto almeja”, avaliou.
O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares é uma parceria do MEC com o Ministério da Defesa. Cerca de 1.000 militares da reserva das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares da ativa vão atuar na gestão educacional das instituições. Em 2020, o MEC destinará R$ 54 milhões para levar a gestão de excelência cívico-militar para 54 escolas, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino.