As Malvinas estão mais bem defendidas agora pelo Reino Unido do que em 1982, quando as tropas da ditadura argentina invadiram o arquipélago austral desencadeando uma curta, mas sangrenta guerra entre os dois países, considerou nesta quarta-feira em Londres um analista do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).
"Militarmente, as ilhas estão mais bem defendidas e significará certamente um maior desafio para a Argentina tomá-las", considerou o especialista em forças navais Christian Le Mière, durante a apresentação à imprensa do balanço estratégico anual do IISS.
Quando as tropas do regime do general Leopoldo Galtieri invadiram o arquipélago dominado pelos britânicos desde 1833, no dia 2 de abril de 1982, o Reino Unido tinha apenas um pequeno contingente de Royal Marines.
Trinta anos depois, Londres tem cerca de mil soldados mobilizados nas ilhas e "ao menos três embarcações" no Atlântico Sul, disse o especialista, no momento em que se registra uma nova escalada de tensão entre os dois países pela soberania das ilhas.
Christian Le Mière não descartou, no entanto, que uma campanha argentina bem coordenada para se apoderar das ilhas chamadas de Falklands pelos britânicos pudesse ser bem-sucedida, embora, "colocaria, sem dúvida, muito mais à prova as forças argentinas".