A Lituânia deve fornecer alguma ajuda militar para a Ucrânia para auxiliar em sua luta contra separatistas pró-Rússia no leste do país, disse o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, nesta segunda-feira.
Não ficou claro, no entanto, se a Lituânia estava seguindo os EUA (ambos são parceiros na OTAN) no fornecimento de equipamento militar não-letal, ou se forneceria armamentos. Países da Otan estão relutantes em entrar em um conflito com a Rússia ao fornecerem armas a um Estado que não é membro da aliança militar.
“Nós concordamos no fornecimento de elementos concretos para as forças armadas da Ucrânia”, disse Poroshenko após conversas com a presidente lituana, Dalia Grybauskaite.
“Esta é uma verdadeira ajuda”, disse ele em uma coletiva conjunta.
Pressionada por detalhes pela imprensa, Dalia disse apenas que “a Ucrânia vai receber todo o apoio disponível para a Lituânia e que a Lituânia tenha".
A Ucrânia pressionou países da Otan a fornecer armas para ajudá-la a se defender contra ataques de separatistas russos bem armados e apoiados pelos russos os quais, antes da implementação de um cessar-fogo, causaram pesadas perdas a forças do governo nos combates por partes do leste do país.
O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em viagem a Kiev na semana passada, expressou forte apoio à Ucrânia em seu confronto contra a Rússia, mas não ofereceu mais apoio militar, embora uma consignação de radares norte-americanos capazes de localizar disparos de morteiros inimigos tenha começo a chegar.
Questionado se a Ucrânia gostaria de se filiar à Otan, Poroshenko contemplou a possibilidade de um referendo daqui a vários anos, mas disse que as tentativas de se filiar agora ocasionariam em “mais danos do que benefícios”.
Antes do confronto com a Rússia, ucranianos mostraram pouco interesse na Otan, e a Constituição do país especifica um status sem blocos ou alinhamento.