O líder rebelde Mustafa Abdul-Khalil disse que Younes foi morto por dois homens armados, depois de ter sido chamado do front para ser interrogado por juízes. Khalil afirmou que o líder do grupo que perpetrouo ataque foi preso, mas não revelou sua identidade ou o motivo do ataque.
Também não foi divulgado onde o ataque aconteceu, nem onde os corpos estão.
O general – ex-ministro do Interior que ocupou um lugar-chave no regime do coronel Muamar Khadafi desde o golpe de 1969 – desertou e se juntou aos rebeldes no começo da revolta popular líbia, em fevereiro.
O correspondente da BBC na cidade rebelde de Misrata, Ian Pannell, disse que a deserçao de Younes foi vista como uma vitória para a oposição à época, mas havia rumores de que o general ainda mantinha contato com líderes ligados a Khadafi.
Luto oficial
Apesar de os corpos do general e seus assessores não terem sido encontrados, Khalil – que lidera o Conselho Nacional de Transição, a coalizão rebelde – decretou três dias de luto oficial por sua morte.
Também não ficou claro que tipo de perguntas Younes responderia aos juizes, mas Khalil afirmou que se tratavam de perguntas sobre as operações militares dos rebeldes.
Relatos não confirmados dão conta de que o general e seus assessores teriam sido presos no começo da quinta-feira, no fronte leste do conflito líbio.
Pouco após o anúncio de sua morte, atiradores entraram no hotel na cidade de Benghazi onde Khalil dava uma entrevista coletiva, atirando para o alto. Eles foram persuadidos a deixar o local.
No começo da quinta-feira, rebeldes disseram ter assumido o controle da cidade de Ghazaya, perto da fronteira com a Tunísia, considerada estratégica para o conflito. Os rebeldes estariam controlando várias cidades e vilarejos da região.
Os rebeldes estão contra-atacando para romper um impasse militar, cinco meses após o início da revolta contra Khadafi. Eles controlam a maior parte do leste da Líbia, a partir de suas bases nas cidade de Benghazi e no porto de Misrata – enquanto Khadafi mantém o controle de grande parte do oeste, incluindo da capital, Trípoli.
A Otan, agindo sob mandato da ONU, implementa uma zona de exclusão aérea para a proteção de civis, e leva a cabo vários ataques aéreos na região de Trípoli.