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Japão e EUA revisarão pacto de defesa e instalarão novo radar de mísseis

Os ministros de Defesa e das Relações Exteriores do Japão e dos Estados Unidos chegaram a um acordo nesta quinta-feira para revisar a aliança militar dos dois países pela primeira vez em 16 anos e instalaram um novo sistema de radar em solo japonês destinado a melhorar a detecção de lançamentos de mísseis balísticos.

Em reunião realizada em Tóquio, os ministros das Relações Exteriores e Defesa japoneses, Fumio Kishida e Itsunori Onodera, e os secretários de Estado e Defesa dos EUA, John Kerry e Chuck Hagel, aprovaram uma revisão da aliança pela primeira vez desde 1997 para adaptá-lo às mudanças no panorama de segurança da região.

O novo pacto deverá ficar pronto antes do final de 2014. As quatro autoridades também confirmaram a instalação de um sistema de radar na base Kyogamisaki, da força aérea japonesa, situada no litoral de Kioto, no Mar do Japão.

O lugar foi escolhido pois se um míssil for lançado pelo regime norte-coreano com alvo em Guam ou Havaí, dois pontos estrategicamente importantes para os EUA, os projéteis sobrevoariam esta região do Japão.

Este radar, capaz de rastrear com precisão a trajetória de um míssil balístico, permitirá às forças americanas lançar projéteis de terra firme ou do mar para interceptar um míssil.

Além disso, a informação detectada pelo radar seria transmitida imediatamente às tropas do Japão caso o objetivo for seu território.

Na declaração conjunta publicada após a reunião, os quatro ministros pediram novamente que a China "desempenhe um papel responsável e construtivo para a estabilidade e prosperidade regional".

Os Estados Unidos também se comprometeram a melhorar sua presença militar no Japão e por isso enviará ao Japão nos próximos dois anos dois esquadrões de aviões Osprey, um avião de patrulha marítima P-8, aviões não tripulados e caças F-35.

Aeronave tripulada mais sofisticada do mundo para fugir de radares, o F-35, que ainda se encontra em desenvolvimento, será entregue ao Japão em 2017. Será a primeira vez que Washington utilizará o caça fora dos EUA.

Após o encontro, ambas as partes confirmaram além disso que a transferência de milhares de fuzileiros americanos que estavam na ilha japonesa de Okinawa para Guam começará na primeira metade da próxima década.

asb/dk

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