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Itaipu inicia caminhada para romper a barreira dos 100 milhões de MWh

Nota – DefesaNet – recomendado a leitura do artigo – A outra História de ITAIPU

Publicado Jornale – 16 Abril 2012

Miriam Gasparin

Responsável pelo recorde mundial de geração de energia em 2008, com a produção de 94,6 milhões de MWh, a usina hidrelétrica de Itaipu começa 2012 com uma meta audaciosa: superar a marca histórica e romper, nos próximosanos, a barreira dos 100 milhões de MWh. “É uma meta e um desafio, que nós começamos neste ano. Não vamos sossegar até atingir essa marca”, declarou o diretor-geral brasileiro da binacional, Jorge Samek, que acumula o cargo de diretor técnico executivo da usina. A projeção leva em consideração o prognóstico dos últimos anos e um conjunto de fatores imprescindíveis para o desempenho operacional da usina: condições hidrológicas favoráveis; unidades geradoras operando em plena capacidade; quantidade adequada de linhas de transmissão; e necessidade crescente de consumo de energia elétrica.

“Esses quatro fatores são fundamentais para poder extrair o máximo de capacidade de uma unidade instalada. Além disso, Itaipu, com 28 anos de geração, tem uma experiência extraordinária, da qual podemos tirar proveito”, salientou o diretor-geral. Samek pontuou cada um dos fatores para mostrar que o cenário atual é positivo. Como no ano passado, São Pedro ajudou e 2012 começou com o melhor nível de reservatório dos últimos cinco anos. A entrada em operação das duas últimas unidades geradoras – a 9A e a 18A, em 2007 – e a qualidade reconhecida da manutenção indicam que não haverá problema de disponibilidade das máquinas.

O diretor-geral também não vê no horizonte problemas de demanda. “O Paraguai foi o país que mais cresceu na América Latina nos últimos dois anos e o crescimento do Brasil é vigoroso, nossa economia está muito forte. Qualquer ponto de crescimento do Brasil hoje envolve bilhões de reais. Então será necessária muita energia para manter esse nível de crescimento”, apontou.

O quarto fator, que segurou a geração no ano passado, começa 2012 com nova perspectiva. “Nós tínhamos um problema de transmissão, tanto no Paraguai como no Brasil. E a solução desse problema está em curso”, disse Samek, citando a construção da linha de 500 kV ligando Itaipu a Assunção; o reforço de linha que Furnas fez nas subestações de Manoel Ribas (mais conhecida como Ivaiporã) e, principalmente, Itaberá; e a entrada em operação de uma linha da Copel, também de 500 kV, entre Foz do Iguaçu e Cascavel.

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