O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, repetiu nesta terça-feira que seu país mantinha "todas as opções na mesa" para impedir que o Irã fabrique uma arma atômica, durante uma visita a Berlim. "Estimamos que é necessário impedir que o Irã se torne uma potência nuclear e que todas as opções devem permanecer na mesa", declarou em coletiva de imprensa junto a seu colega alemão, Thomas de Maizière. "A ideia de um Irã dotado de armas nucleares é inaceitável", completou.
Maizière pediu moderação. "Uma escalada do conflito teria consequências incalculáveis não apenas para a região como também para outras e em detrimento de Israel", disse. Ele afirmou que a Alemanha continuará "ao lado de Israel", mas "o que isso implica ou implicaria eventualmente não se resolve hoje", completou.
O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu nesta terça-feira que seu país responderia a um ataque de Israel ou dos Estados Unidos contra o polêmico programa nuclear de Teerã. Barak mostrou-se hesitante sobre as possibilidades de sucesso das negociações que serão retomadas em breve entre Irã e o grupo 5+1 (integrado por Alemanha mais os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).
"É claro, gostaria de acordar amanhã e ver que as sanções surtiram efeito, que o Irã anunciou que abandonava seu programa nuclear (…), mas infelizmente somos bastante realistas para partir do princípio de que isso não acontecerá e para nos preparar" para todas as opções, afirmou.