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Irmandade Muçulmana chama egípcios para levante contra Exército

O Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, chamou hoje os egípcios para uma "intifada" (levantamento popular) contra o Exército e as novas autoridades do país.

Em comunicado, o PLJ pediu que a comunidade internacional atue imediatamente "para que não haja uma nova Síria no mundo árabe", e elevou para 40 o número de mortos nos fatos desta madrugada junto à sede da Guarda Republicana.

Presidente egípcio cria comissão judicial para investigar massacre

O presidente interino do Egito, Adly Mansour, formou uma comissão judicial para investigar os incidentes desta segunda-feira ocorridos em frente ao quartel-general da Guarda Republicana, no Cairo, que terminaram com pelo menos 42 pessoas mortas.

Em comunicado, a Presidência pediu aos manifestantes que se afastem "dos centros vitais e das instalações militares" do país e insistiu que todas as partes devem se controlar para que a segurança nacional seja a prioridade e para que o período transitório termine o mais rápido possível.

O presidente egípcio pediu que essa comissão judicial divulgue os resultados de sua investigação para a opinião pública.

No comunicado, a Presidência expressou sua "profunda tristeza" pela morte de civis nos fatos, que segundo esta instituição, ocorreram após uma tentativa de invasão da sede da Guarda Republicana.

Além disso, disse que a manifestação de forma pacífica é um direito de todos os cidadãos, sob a proteção do Estado.

O exército egípcio assegurou que a Guarda Presidencial foi alvo de um ataque por parte de um "grupo terrorista", e convocou uma entrevista coletiva às 14h30 locais (9h30 de Brasília) para oferecer mais detalhes.

No entanto, membros da Irmandade Muçulmana apresentaram vídeos e cápsulas de projéteis para demonstrar que os seguidores islamitas foram alvos de disparos do exército durante os acontecimentos desta madrugada no Cairo.

 

Líder de esquerda do Egito pede formação imediata de governo

O principal líder político de esquerda do Egito fez um apelo nesta segunda-feira para que um governo interino seja formado imediatamente para preencher um vácuo político perigoso, após confrontos entre o Exército e partidários da Irmandade Muçulmana deixaram dezenas de mortos.

O ex-candidato presidencial Hamdeen Sabahi, líder do partido Corrente Popular, disse à Reuters que as novas autoridades que assumiram quando o Exército depôs o presidente islamista Mohamed Mursi na semana passada em resposta a protestos não podem esperar. "Não podemos deixar o país sem um governo. Ele deve indicar o governo hoje", disse Sabahi.

Com agências Reuters/EFE

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