"Grupos armados terroristas" tomaram um depósito de armas químicas no Iraque da época do ditador Sadam Hussein, confirmou o governo em Bagdá em carta enviada ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, divulgada nesta terça-feira.
Na carta datada de 1º de julho, o embaixador do Iraque na ONU, Mohamed Ali Alhakim, revela que por razões de segurança seu país não está em condições de prosseguir com a destruição de seu arsenal químico.
Segundo a carta, "grupos armados terroristas ingressaram no sítio de Al Muthanna", no noroeste de Bagdá, na noite do dia 11 de junho, após desarmar os soldados que guardavam a instalação. O sítio é "uma antiga instalação de armas químicas" onde os "restos do programa de armas químicas" iraquiano foram guardados em depósitos reforçados, explica a carta, sem dar detalhes sobre as substâncias que estavam no local.
O complexo começou a produzir gás mostarda e gás sarin – entre outros agentes – no início dos anos 80 e atingiu seu auge durante a guerra entre Irã e Iraque, no final da década. O sistema de vigilância do local detectou na manhã do dia 12 de junho intrusos que roubaram "certos equipamentos" e neutralizaram as câmeras de segurança", revela o documento.
O embaixador iraquiano informa que Bagdá "já não está em condições de respeitar suas obrigações de destruição de armas químicas" diante da deterioração "das condições de segurança". O departamento americano de Estado já havia anunciado, em junho, a invasão do local por 'jihadistas' sunitas do Estado Islâmico.
Aviação síria mata 20 membros do Estado Islâmico
Ao menos 20 jihadistas do Estado Islâmico (EI) foram mortos nesta quarta-feira por ataques realizados pela aviação do regime sírio em Raqa, reduto deste grupo ultrarradical no norte da Síria, relatou uma ONG.
"Ao menos 20 membros do EI foram mortos e vários outros ficaram feridos nos ataques aéreos (…) contra um campo de treinamento deste grupo em Raqa", indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).