O Irã rejeitará qualquer limitação em seu programa de mísseis, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa, Hossein Dehghan, depois que os especialistas da ONU acusaram Teerã de violar uma resolução do Conselho de Segurança.
O lançamento de teste de um míssil Emad em 10 de outubro fez com que Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos solicitassem uma investigação por parte do Conselho de Segurança da ONU.
"Apesar das pressões e do ambiente envenenado, testamos o míssil Emad e anunciamos seu alcance", disse Dehghan, segundo o site do ministério da Defesa.
"O objetivo era dizer ao mundo que a República Islâmica do Irã agiu de acordo com seus interesses nacionais e não aceitará nenhuma limitação neste âmbito", declarou o general.
Um painel de especialistas da ONU considerou que o lançamento do Emad violou a Resolução 1929 do Conselho de Segurança, que proíbe que Teerã lance mísseis balísticos capazes de transportar cargas nucleares.
"O painel considera que o lançamento do Emad tem um alcance de ao menos 1.000 quilômetros com uma carga de 1.000 quilos", segundo seu informe.
O lançamento "usou a tecnologia de um míssil balístico", acrescentou.
Teerã afirma que seus mísseis balísticos são meramente defensivos e não estão projetados para transportar armas nucleares, razão pela qual não estão submetidos às restrições da ONU.
O Irã deve reduzir sua capacidade nuclear a um nível que o impeça de desenvolver a bomba atômica, segundo o acordo assinado em 14 de julho por Teerã e pelo chamado grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).
Em troca, o país conquistaria o levantamento das sanções internacionais que afetam a sua economia.