O Irã quer aumentar suas relações com o Líbano, especialmente em matéria de defesa, e contribuir para o fortalecimento das Forças Armadas libanesas, disse o ministro da Defesa iraniano, general Ahmad Vahidi, segundo informou neste domingo o site de seu departamento.
Por ocasião da visita ao Irã do ministro da Defesa do Líbano, Fayez Ghosn, Vahidi indicou que fortalecer o Exército libanês faz parte da estratégia política da República Islâmica. "O Líbano deve ter um Exército forte para defender seus interesses na região".
O Irã vem manifestando reiteradamente seu apoio ao grupo radical libanês Hezbollah, atualmente no poder. Recentemente, o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, admitiu a parceria do Irã com a organização xiita na luta contra Israel. No entanto, até agora, o Irã ainda não havia expressado seu apoio às Forças Armadas libanesas.
Vahidi disse que o Irã pretende apoiar a coesão no Líbano, país que considera fundamental para manter a estabilidade e a segurança no Oriente Médio. Para o ministro iraniano, o Líbano precisa de "proteção multilateral frente às ameaças estrangeiras e terroristas", em referência velada aos Estados Unidos e Israel.
"A resistência no Líbano não pertence a um grupo ou religião específicos e o Exército e a resistência (em referência ao Hezbollah) são duas facetas do avanço desse país rumo ao desenvolvimento, progresso e estabilidade", declarou Vahidi.
Os Estados Unidos, na opinião do ministro iraniano, após o desaparecimento de alguns de seus regimes aliados no Oriente Médio, busca derrubar o governo da Síria, principal aliado árabe do Irã, para enfraquecer a resistência regional frente a Israel, inclusive a libanesa.
Já o ministro libanês Ghosn, um cristão ortodoxo que pertence ao Movimento Marada, aliado do Hezbollah, disse que, diante de um eventual ataque israelense, "o Líbano enfrentaria o regime sionista (Israel) com um Exército capaz e integrado e com uma resistência (Hezbollah) poderosa". "Atualmente, há total coordenação entre o Exército e a resistência (Hezbollah) do Líbano", acrescentou o ministro da Defesa libanês.