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Indonésia reconsidera compra de equipamentos militares do Brasil por tensão sobre execução

A Indonésia está reconsiderando a compra de aviões militares (Super Tucanos)  e lança-foguetes (Astros) do Brasil, em meio a uma tensão entre os países sobre a execução de um brasileiro por tráfico de drogas, disse o vice-presidente indonésio, Jusuf Kalla, de acordo com o jornal Jakarta Post.

Os dois países chamaram de volta seus embaixadores para consultas em uma disputa que começou quando a Indonésia executou o cidadão brasileiro Marco Archer e outras cinco pessoas de diferentes países, no mês passado.

Um outro brasileiro, Rodrigo Gularte, está em um segundo grupo de 11 presos que aguardam para serem executados em breve na Indonésia, país que tem uma das leis mais rígidas do mundo contra o tráfico de drogas.

Kalla afirmou que o governo indonésio está reconsiderando a compra de 16 aviões Super Tucano fabricados pela Embraer para a Força Aérea do país, de acordo com o jornal.

O país do Sudeste Asiático também considera cancelar uma encomenda por sistemas de lançadores múltiplos de foguetes.

O Brasil chamou de volta o embaixador na Indonésia pouco após a execução de Archer.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff cancelou, de última hora, o recebimento da credencial diplomática do novo embaixador da Indonésia, o que levou Jacarta a chamá-lo de volta em protesto.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, que tomou posse em outubro, prometeu não ter clemência com condenados por tráfico de drogas, apesar de ter recebido telefonemas de líderes mundiais, incluindo Dilma, pedindo pelo perdão de pessoas no corredor da morte.
 

Presidente da Indonésia diz que execuções não serão adiadas apesar de apelos

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse nesta terça-feira que as execuções planejadas de 11 condenados à morte por tráfico de drogas, incluindo um brasileiro, não serão adiadas, e alertou países estrangeiros a não interferir no direito da Indonésia de usar a pena capital.

"A primeira coisa que preciso dizer firmemente é que não deve haver intervenção sobre a pena de morte, porque é nosso direito soberano exercer a nossa lei", disse Widodo a repórteres.

Widodo disse ter recebido telefonemas dos líderes de Brasil, França e Holanda sobre a pena de morte, mas afirmou que os apelos não serão atendidos.

Brasil e Indonésia vivem uma tensão diplomática devido à execução de outro brasileiro, em janeiro, também condenado por tráfico de drogas.

O Brasil chamou de volta o embaixador na Indonésia pouco após a execução do brasileiro Marcos Archer.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff cancelou, de última hora, o recebimento da credencial diplomática do novo embaixador da Indonésia, o que levou Jacarta a chamá-lo de volta em protesto.

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