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Indonésia e China se preocupam com presença militar dos EUA na Austrália

A Indonésia se juntou à China nos protestos em relação ao anúncio da expansão da presença militar americana no norte da Austrália. O ministro de Relações Exteriores indonésio, Marty Natalegawa, disse que não gostaria de ser testemunha de uma "reação" e a geração "de um círculo vicioso de tensão, desconfiança e receio", segundo declarações citadas nesta quinta-feira pela emissora australiana ABC. "O importante quando se adota uma decisão deste tipo é que haja transparência dos cenários que se conceberam e que não se chegue a nenhum mal-entendido", acrescentou Natalegawa.

Durante sua visita à Austrália, o presidente americano, Barack Obama, anunciou na quarta-feira um acordo com Canberra para a presença de um contingente que chegará a 2,5 mil soldados no norte do país para 2017. Esta iniciativa foi vista como resposta à crescente instabilidade no mar da China Meridional por conta das disputas territoriais de Pequim com Filipinas e Vietnã. China e Indonésia já haviam sido informados pela Austrália deste acordo, por isso não foi nenhuma surpresa, mas, ainda assim, as autoridades indonésias questionam suas intenções.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Liu Weimin, declarou em entrevista coletiva que "fica em dúvida se (o acordo) se ajusta aos interesses comuns dos países na região e de toda a comunidade internacional". Liu Weimin ressaltou que o gigante asiático nunca entraria neste tipo de alianças militares e destacou que Pequim tem "seu próprio conceito de cooperação amistosa com todos os países".

Um dia depois do anúncio deste acordo, o presidente Obama afirmou que seu país manterá seus esforços para desenvolver uma "relação cooperativa" com a China. "Buscaremos mais oportunidades para a cooperação com Pequim, inclusive uma maior cooperação entre nossos militares para promover o entendimento e evitar incompreensões", comentou Obama em discurso perante o Parlamento australiano em Canberra.

Obama termina hoje sua viagem à Austrália para promover o papel de liderança de seu país na região, na qual a China ocupou o papel antagonista.

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