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Índia teria dado ao Paquistão lista de terroristas escondidos

Diferentes veículos de imprensa indianos publicaram nesta quarta-feira uma lista com 50 suspeitos de terrorismo que supostamente se escondem no Paquistão entregue pelas autoridades da Índia ao país vizinho e que foi vazada poucos dias depois da morte de Osama bin Laden.

A lista é liderada por Hafiz Saeed, fundador do grupo Lashkar-e-Taiba, da Caxemira, e considerado pelas autoridades como a pessoa que planejou o ataque terrorista de Mumbai em novembro de 2008, que deixou 166 mortos, segundo as agências de notícias Ians e PTI.

Ao lado dele aparecem algumas das pessoas que participaram do planejamento do ataque e que a Índia considera membros dos serviços secretos do Paquistão: Sajid Majid, os majores Iqbal e Sameer Ali, Sayed Abdul Rehman e Abu Hamza.

Além disso, também está na lista o chefe do grupo Jaish-e-Mohammed, Masood Azhar, que orquestrou um ataque contra o Parlamento indiano em 2001, após ser libertado pelas autoridades do país em troca do fim do sequestro de um avião da Indian Airlines em Kandahar.

Segundo fontes oficiais citadas pela Ians, a lista foi entregue ao secretário de Interior paquistanês, Qamar Zaman Choudhary, por seu colega indiano, G.K. Pillai, durante a reunião bilateral que tiveram em Nova Délhi em 28 de março.

O vazamento da lista ocorreu em um momento no qual o Paquistão se defende das suspeitas internacionais sobre um suposto apoio a Osama bin Laden, morto em uma operação dos Estados Unidos em Abbottabad em 2 de maio.

A ação das forças dos EUA contra Bin Laden proporcionou munição às autoridades indianas, que há anos exigem do Paquistão, tradicional inimigo, a entrega de dezenas de terroristas supostamente refugiados em seu território.

Na lista também aparece Ilyas Kashmiri, membro da Al-Qaeda, assim como Dawood Ibrahim, entre outros. Uma fonte do Ministério de Interior indiano afirmou à Agência Efe que sua pasta não divulgou oficialmente a lista, mas reconheceu que "algum funcionário" poderia tê-la entregue "de maneira informal" a vários meios de comunicação do país.

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