Huawei Technologies afirmou nesta quarta-feira que as acusações de seis legisladores norte-americanos de que a fabricante chinesa violou leis e forneceu tecnologia sensível ao Irã se basearam em notícias equivocadas. "Infelizmente, alguns membros do Congresso continuam a citar notícias equivocadas, que têm acusações infundadas", declarou em comunicado a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo.
A Huawei, fundada pelo presidente-executivo Ren Zhengfei, vem tentando se expandir no setor de telecomunicações nos Estados Unidos, mas enfrenta oposição política por causa de preocupações com a segurança nacional. A ligação de Zhengfei com as Forças Armadas chinesas é vista como um obstáculo ao crescimento da companhia na América do Norte, embora a Huawei tenha repetidamente negado a relação militar.
Em carta do Departamento de Relações Exteriores dos EUA, seis legisladores do país pediram que o governo investigasse se a Huawei e outras companhias de telecomunicações violaram uma lei de sanção ao Irã aprovada pelo Congresso em 2010 ao fornecerem tecnologia sensível ao país asiático.
O pedido foi redigido em 22 de dezembro, mas só veio a público nesta semana. O documento se refere a uma notícia do Wall Street Journal, em outubro, de que o governo iraniano usou tecnologia da Huawei e outras tecnologias para "restringir a voz da população iraniana e a livre circulação de informação independente no Irã".