Os 34 arquivos foram coletados entre 1985 e 2007.
Em um dos documentos, um comandante militar prevê que a população ficaria decepcionada se soubesse que "falta de fundos e outras prioridades" estavam impedindo o prosseguimento das investigações sobre os óvnis.
"Um dos documentos mais interessantes nos arquivos é de um oficial do serviço secreto que afirma que, apesar dos milhares de relatos recebidos desde a Segunda Guerra Mundial, eles nunca estudaram ou gastaram dinheiro com o assunto e que as pessoas não acreditariam nisso se soubessem", diz o consultor dos arquivos David Clarke.
O documento datado de 5 de julho de 1995 afirma que a imagem que a mídia consagrou da agência britânica de Inteligência DI55 “como defensora da Terra contra o perigo alienígena” estaria "anos-luz de distância da verdade".
O ex-investigador do ministério da Defesa britânico Nick Pope, que trabalhou na entidade entre 1991 e 1995, diz que "o fascinante sobre os arquivos é que eles refletem o debate que existe na sociedade: é interessante sermos visitados por alienígenas ou é pura bobagem?"
"Nós tínhamos os mesmos debates no Ministério da Defesa", diz ele.
Casos
Entre os documentos está o testemunho feito em 2001 de um controlador de vôo então aposentado da aeronáutica sobre um incidente ocorrido na região de Suffolk em 1956.
Freddie Wimbledon diz ter enviado jatos para interceptor um óvni captado por radar e testemunhos de pessoas. Um dos aviões seguiu o óvni de perto antes que ele partisse a "uma velocidade incrível".
Outros documentos relatam o testemunho de várias pessoas que dizem ter visto um óvni sobre o festival de Glastonbury, em 2003 e um disco voador sobre Nottinghamshire.
Mas há também o registro da reclamação de uma mãe e filha que foram ao Ministério da Defesa relatar terem visto um óvni "com o formato de um verme" sobre o bairro londrino de East Dulwich em 2003.
Durante seu depoimento, dois homens "vestidos em trajes espaciais e óculos escuros que se diziam chamar Mok e Mindy" se juntaram aos policiais, em uma aparente brincadeira com a denúncia das duas mulheres.
Na carta, a mulher diz acreditar que isso aconteceu "para nos fazer parecer idiotas e presumir que nossa história era inacreditável".
Os arquivos podem ser baixados gratuitamente durante 30 dias.