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Governo dos EUA pede a seus cidadãos que abandonem o Iêmen

O Departamento de Estado americano pediu nesta terça-feira (6) aos funcionários diplomáticos considerados não essenciais e outros cidadãos dos EUA que abandonem o Iêmen "imediatamente" em consequência do risco de atentados.

"O Departamento de Estado americano adverte os cidadãos dos Estados Unidos sobre o elevado nível da ameaça para a segurança no Iêmen devido às atividades terroristas e aos distúrbios civis", afirma um comunicado.

A recomendação acontece após o fechamento temporário de mais de 20 representações diplomáticas na África e Oriente Médio. De acordo com comunicações interceptadas pelos serviços de inteligência americanos, o principal líder da Al-Qaeda ordenou ataques contra alvos americanos.

"O Departamento pede aos cidadãos americanos que adiem as viagens ao Iêmen e aos cidadãos americanos que atualmente vivem no Iêmen que saiam imediatamente", afirma o comunicado.

"As organizações terroristas, inclusive a Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), continuam ativas ao longo de todo Iêmen", advertiu o Departamento de Estado.
 

Reino Unido

O Reino Unido retirou temporariamente todos os funcionários de sua embaixada no Iêmen por questão de segurança, informou nesta terça o Ministério das Relações Exteriores britânico.

Londres adotou a medida depois que os Estados Unidos pediram a seus cidadãos hoje que abandonassem o Iêmen imediatamente devido à grave ameaça de atividades terroristas por parte da Al Qaeda.

O Reino Unido já havia anunciado o fechamento nesta semana de sua legação diplomática no Iêmen, mas decidiu retirar os funcionários devido às "crescentes preocupações de segurança".

Ataque

A advertência do Departamento de Estado foi emitida poucas horas depois de um ataque com drone americano que matou quatro supostos membros da Al-Qaeda no Iêmen. Até o momento não é possível saber se os dois eventos estão relacionados.

O ataque aconteceu em Wadi Abida, na região de Marib, ao leste de de Sanaa, a capital do país. Os homens estavam em um veículo, que foi atingido por quatro mísseis.

A interceptação de várias mensagens em que o líder da Al Qaeda, Ayman al Zawahiri, ordenava um ataque no último domingo, foi o que motivou a decisão de se fechar as embaixadas, disseram fontes oficiais ao jornal "The New York Times".

Zawahiri, que lidera a organização desde a morte de Osama bin Laden, mencionou especificamente o domingo como o dia para os ataques em várias mensagens eletrônicas dirigidas a Nasser al Wuhayshi, o líder da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) com sede no Iêmen, afirmaram ao jornal funcionários americanos.

As fontes, que pediram o anonimato, não deram mais detalhes sobre o conteúdo das mensagens e quais os lugares que estavam especialmente ameaçados.

Os Estados Unidos fecharam no domingo, dia útil no mundo muçulmano, 22 embaixadas e consulados, a maioria no Oriente Médio e na África, devido a essa ameaça, a 'mais séria' dos últimos anos, segundo vários senadores.

Além disso, o Departamento de Estado americano anunciou no domingo que 19 sedes diplomáticas, entre elas as de Jordânia, Iêmen e Egito, permanecerão fechadas até o próximo sábado por precaução, enquanto outras, como as de Afeganistão e Iraque, funcionaram ontem normalmente.

 

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