A Coreia do Norte retomou suas atividades em uma instalação nuclear depois do recente teste condenado internacionalmente, indicou nesta quarta-feira um grupo de reflexão política americano, em meio a temores de que o regime asiático realize novos testes nucleares. Ao examinar fotos por satélite, o Instituto EUA-Coreia da Universidade Johns Hopkins descobriu um aumento do tráfego na instalação Punggye-ri, mas alertou que não havia provas suficientes para afirmar que trabalham em um novo teste nuclear.
O "think-tank" (grupo de reflexão) indicou que não havia nenhum sinal de veículos ou de pessoas mobilizadas no local um dia depois de a Coreia do Norte realizar seu terceiro teste nuclear, em 12 de fevereiro, mas esta atividade foi retomada em 15 de fevereiro. Postando no blog 38 North do instituto, Jack Liu e Nick Hansen afirmaram que a mudança em alguns dias pode indicar que a Coreia do Norte "tomou precauções para assegurar que os níveis de radioatividade eram baixos o suficiente para os funcionários voltarem à área".
"A Coreia do Norte manteve uma poderosa selagem no local, o que torna difícil para os Estados Unidos e outras nações detectar pelo ar se Pyongyang usou urânio, o que poderia comprovar que o país utiliza um segundo método nuclear, além de seu programa de plutônio". Mas os analistas encontraram atividade em dois locais diferentes da instalação.
A este respeito, informaram que, se a Coreia do Norte detonou as bombas anteriores em um túnel da zona norte, "então o túnel sul estaria prontamente disponível para um quarto teste". A Coreia do Norte provavelmente usou o túnel da zona norte para seu teste nuclear anterior, em 2009, mas não se sabe a área do último teste. A explosão de 12 de fevereiro suscitou a condenação unânime da ONU e das potências ocidentais.