A produção em série dos C-300B4 permitirá o incremento rápido da proporção de novos sistemas nas unidades de defesa anti-aérea da Rússia.
O escudo anti-míssil do exército
Está previsto colocar ao serviço no Distrito Militar Sul (DMS) três divisões de sistemas de mísseis anti-aéreos C-300B4, conhecidos no Ocidente como SA-12 “Gladiador”. Terão a tarefa de proteger as tropas e as estruturas estratégicas do DMS contra possíveis ataques de mísseis de pequeno e médio alcance vindos do Sul. Os C-300B4 também tem ótimas possibilidades de combater alvos aerodinâmicos (aviões, mísseis de cruzeiro), o que lhes permite exercer as funções de defesa anti-aérea tradicional.
A modificação B4 é capaz de atingir alvos em distâncias superiores a 300 quilómetros, o que representa a sua vantagem mais importante. As capacidades deste sistema se aproximam do amplamente conhecido C-400 (SA-21 Growler). Além disso, enquanto a produção do “míssil pesado” 40H6 do sistema C-400 ainda não foi iniciada, o C-400B4 continua sendo o sistema anti-aéreo/anti-míssil com mais alcance das Forças Armadas da Rússia.
Os C-300B já começam a conseguir reconhecimento no mercado externo. A Venezuela comprou algumas divisões de “Gladiadores”. Este último integrou um concurso público para um sistema anti-aéreo de longo alcance moderno na Turquía, negociações com outros possíveis clientes estão em curso. Nesta situação, o Ministério da Defesa da Rússia acabou decidindo incluír a modificação mais moderna C-300B4 nas encomendas militares do Estado. Isto permitirá acelerar consideravelmente o reequipamento da defesa anti-aérea russa. O “Gladiador” continuará sendo fabricado até que a produção em série do míssil pesado 40H6 para o sistema C-400 seja iniciada ou, possivelmente, até que o sistema C-500 apareça.