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Havana, 26 jan (Prensa Latina) A Venezuela constitui um brilhante exemplo do papel teórico e prático que os militares revolucionários podem desempenhar na luta pela independência de nossos povos, assegurou o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
Ao recordar que seguem a tradição daqueles que lutaram junto ao Libertador Simón Bolívar há dois séculos pela liberdade, Fidel Castro em sua mais recente reflexão afirmou que é injusto criticar o presidente Hugo Chávez pelos recursos investidos em armamento.
Estou seguro de que jamais se utilizarão (as armas) para agredir um país irmão, manifestou o líder revolucionário.
As armas, os recursos e os conhecimentos deverão marchar pelos caminhos da unidade para formar na América, como sonhou O Libertador, "a maior nação do mundo, não por sua extensão e riqueza mas por sua liberdade e glória", pontualizou.
Antes, Fidel Castro tinha recordado os privilégios dos militares latino-americanos, a passagem da maioria deles pela Escola das Américas (no Panamá) e a dependência que supunha o uso de arsenal mais sofisticado.
Apesar disso, muitos oficiais honestos, desiludidos por tantas insolências, tentaram valentemente erradicar aquela vergonhosa traição à história de nossas lutas pela independência, relembrou.
Mencionou o argentino Juan Domingo Perón, o dominicano Francisco Caamaño, o peruano Velazco Alvarado e o panamenho Omar Torrijos como antítese das condutas de Anastasio Somoza, Rafael Leonidas Trujillo e Alfredo Stroessner.
Ao destacar a genialidade de Chávez, Fidel Castro expressou que não se limita à elaboração teórica, pois suas medidas concretas não se fazem esperar, como exemplificou com o caso da Petrocaribe, que fornece petróleo a pequenos países de fala inglesa.
Também definiu como exemplo sem precedentes no hemisfério o apoio venezuelano à Nicarágua.
Depois de explicar que a tecnologia mudou muitos aspectos da guerra, afirmou que os homens têm o dever de lutar para buscar soluções que lhe permitam uma existência mais razonada e digna.
As formas de luta também mudam, aliás o confronto das forças convencionais, entre potências que possuem a arma nuclear, se tornou impossível, comentou ao explicar os perigos de uma guerra com armas atômicas.
"Não é preciso possuir os conhecimentos de Albert Einstein, Stephen Hawking e milhares de outros cientistas para o compreender. É um perigo latente e o resultado se conhece ou deva-se conhecer", afirmou.
Os seres pensantes, alertou, poderiam demorar milhões de anos a voltar a povoar o planeta.