A China confirmou nesta quarta-feira que está construindo o seu primeiro porta-aviões, uma versão remodelada do navio ucraniano Varyag.
A embarcação, de 300 metros de comprimento, está sendo reconstruída no porto de Dalian, no nordeste do país, e deve começar a ser testada no mar até o fim do ano.
O governo chinês vinha tentando manter os planos em segredo, mas a existência do porta-aviões já era amplamente conhecida por observadores e jornalistas.
Ao jornal "Commercial Daily", de Hong Kong, o chefe do Estado-Maior Geral do Exército de Liberação do Povo, general Chen Bingde, disse que o porta-aviões não representa ameaça para outras nações.
"Todas as grandes nações do mundo possuem seus próprios porta-aviões, eles são o símbolo de uma grande nação", disse o general.
A China tem disputas territoriais com países vizinhos, como o Japão e o Vietnã, e periodicamente troca farpas com a ilha de Taiwan.
"Estamos nesse momento enfrentando pressão nos oceanos, seja no mar do Sul da China, do leste, no Mar Amarelo ou no Estreito de Taiwan", disse o general.
O correspondente da BBC em Pequim, Michael Bristol, disse que o porta-aviões só deve começar a ser utilizado em operações dentro de alguns anos.
Antes, afirma Bristol, o Exército precisa realizar testes para aprender a operar o navio, e realizar pousos e decolagens na pista.