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Exército suíço diminui seu contingente

(swissinfo.ch)


Cerca de 7800 jovens, incluindo 145 mulheres, começaram nesta semana a "escola de recrutas" do exército suíço. Com a reforma das forças armadas, que entra em vigor em 2018, os contingentes foram reduzidos de 200.000 para 100.000 (para um efetivo real de 140.000).

67 casos foram "proibidos de convocação" pelo exército, que considerou que essas pessoas "representam um risco potencial para si ou para outras pessoas em torno delas", explicou o ministério da Defesa na segunda-feira.

Serviço militar obrigatório também para as mulheres?

O governo suíço analisa a possibilidade de introduzir o serviço militar obrigatório para as mulheres. Ao mesmo tempo, este só deverá vigorar para as pessoas que realmente forem aproveitadas pelo Exército ou a Proteção Civil. As propostas são consideradas polêmicas.

Na Suíça existe o serviço militar obrigatório para os cidadãos do sexo masculino. Eles prestam serviço no Exército ou na Proteção Civil. As pessoas consideradas não aptas pagam uma indenização. Os que têm problemas de consciência, devem prestar o serviço civil, geralmente em asilos de idosos ou hospitais. O engajamento no Exército ou Proteção Civil é voluntário para as mulheres.

Na quarta-feira (28 de junho), o governo federal comunicou que estuda novas formas de serviço militar obrigatório. O Exécito avaliará as propostas até 2020. Elas preveem um serviço obrigatório tanto para mulheres como para homens, mas a sua prestação só deve ocorrer se o candidato realmente for aceito pelo Exército ou Proteção Civil.

Quase uma revolução

A mudança é considerada uma revolução na política de defesa do país. Não apenas pelo fato das mulheres serem engajadas, mas também por colocar em questão o próprio serviço militar obrigatório: afinal, o Exército deixa de receber todos os jovens considerados aptos a prestá-lo e focaliza apenas nas necessidades concretas.

O tema é sensível. A Suíça é um dos poucos países, onde jovens rejeitados ao serviço militar são obrigados a pagar uma indenização. Um suíço com diabetes processou em 2010 o país na Corte Europeia de Direitos Humanos por estar impedido de servir o Exército e teve ganho de causa. Como resultado: não precisou pagar a indenização. Desde então, pessoas consideradas não aptas também podem prestar o serviço militar obrigatório, mas o Exército precisa encontrar uma função para elas.

Essa conquista coloca em risco o "modelo norueguês", já que o Exército e a Proteção Civil ganham a possibilidade de escolher o seu pessoal. O modelo norueguês considera as necessidades das forças armadas mais importante do que o serviço militar obrigatório para todos os jovens, um ponto reconhecido pelo governo federal. Segundo o comunicado oficial, este "quer garantir em todos os casos as necessidades de pessoal do Exército".

Mulheres no Exército

A introdução de um serviço militar obrigatório para mulheres também seria revolucionária no país. Na II. Guerra Mundial elas atuaram nas trincheiras, especialmente na proteção aérea. Hoje, alguns cantões preveem o emprego de mulheres em situação de catástrofe. Em algumas comunas (municípios) existe também o serviço obrigatório nos serviços locais de combate a incêndios. Porém, de forma geral, as mulheres na Suíça prestam serviços somente de forma voluntária.

A posição defendida pelo governo é de que nada mude para as mulheres, porém a questão deve ser debatida na sociedade

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