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Exames confirmam que Salvador Allende cometeu suicídio

SANTIAGO – Após dois meses de perícia, o Serviço Médico Legal do Chile (SML), com a ajuda de uma equipe internacional de médicos legistas, confirmou a versão dos militares para a morte de Salvador Allende: o presidente chileno cometeu suicídio em meio às balas, bombas de gás lacrimogêneo e fogo que consumiu o palácio presidencial durante o golpe de 1973. A informação foi divulgada pelo chefe do SML, Dr. Patricio Bustos.

O legista disse que a morte foi causada por um ferimento a bala, motivado pela decisão do suicídio. A análise dos restos mortais do presidente, exumados no dia 23 de maio, pôs fim a várias teorias sobre as causas da morte: a versão dos militares afirmava que ele havia cometido suicídio; outra indicava que ele tinha morrido lutando; e uma terceira que Allende tinha tentado se matar e não conseguiu, coberto por um de seus guarda-costas.

Visivelmente emocionada, a filha do presidente deposto e senadora, Isabel Allende, também confirmou a versão.

– Agora temos tranquilidade porque o relatório também chegou a mesma conclusão que sempre acreditamos ser a verdadeira. O presidente Allende, no dia 11 de setembro de 1973, diante das circunstâncias extremas que vivia tomou a decisão de acabar com sua vida, antes de ser humilhado ou ser submetido a qualquer outra situação – disse Isabel.

A versão oficial, e também a sustentada pela família Allende, sempre foi a de suicídio. Mas o surgimento de novas provas deixaram em aberto a possibilidade de que militares tivessem matado o presidente deposto.

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