O Pentágono prevê reduzir em 13% os efetivos do exército, passando de 570 mil para 490 mil soldados, como parte de um corte de 9% no orçamento para 2013, que se elevaria a US$ 613,4 bilhões, anunciou nesta quinta-feira o secretário de Defesa americano, Leon Panetta. "Decidimos não manter mais efetivos os quais não podemos treinar e equipar corretamente", explicou Panetta durante uma coletiva de imprensa.
A redução do orçamento militar para o exercício fiscal 2013, que começa em 1º de outubro, inscreve-se em meio a uma economia de US$ 487 bilhões que o Pentágono deve realizar em 10 anos. Do orçamento proposto de US$ 613 bilhões (frente aos US$ 671 bilhões do ano em curso), US$ 88,4 bilhões seriam destinados a operações de combate, principalmente no Afeganistão.
Com uma crescente pressão sobre as contas dos Estados Unidos após uma década na qual seu envolvimento nas guerras de Afeganistão e Iraque prejudicaram as finanças públicas, o Pentágonos prevê, além da redução das tropas de terra, retirar os navios e aviões mais velhos e duas brigadas da Europa. Como consequência da diminuição do número de tropas, os fuzileiros navais passariam de 202 mil efetivos a 182 mil.
Panetta defendeu manter o poderio militar dos Estados Unidos no Oriente Médio e Ásia, onde o crescimento militar da China preocupa Washington e seus aliados, e por modernizar os submarinos e aportar fundos para bombardeiros de nova geração.