O sargento americano acusado do assassinato de 24 civis iraquianos em 2005 foi sentenciado nesta terça-feira ao rebaixamento de sua patente para soldado, mas não irá à prisão porque já cumpriu a pena durante o processo, disseram fontes militares. O sargento Frank Wuterich, o último membro de um esquadrão a enfrentar a Justiça depois que os demais foram absolvidos por este caso, foi sentenciado também a 90 dias de prisão, mas ficará em liberdade porque já cumpriu esse prazo durante o processo marcial.
"Wuterich foi sentenciado a 90 dias de confinamento e à redução (de sua patente) para soldado", informou um comunicado militar. No entanto, "a autoridade convocada esteve de acordo que não se cumpriria (mais) tempo (de confinamento)", porque Wuterich já o cumpriu durante o processo, explicou à AFP Chad McMeen, porta-voz da base militar de Camp Pendleton na Califórnia, onde ocorre o julgamento marcial.
Na segunda-feira, Wuterich declarou-se culpado de negligência no cumprimento de seu dever, em um acordo com a promotoria. O ex-sargento de 31 anos enfrentava nove acusações de homicídio não premeditado e outras acusações por sua participação em 19 de novembro de 2005 no que é considerado o pior crime de guerra cometido no Iraque pelos Estados Unidos, com 24 mortos, muitos deles mulheres e crianças. Mas a sentença máxima possível para a acusação de negliência era de três meses, graças ao acordo com a promotoria no qual foram desconsideradas as demais acusações.