Os Estados Unidos e o Peru estão reforçando seus laços militares, trabalhando para aumentar os esforços conjuntos para combater o tráfico de drogas e o terrorismo, disseram em 6 de outubro as autoridades de defesa do país.
“Os Estados Unidos fazem parte da família americana e enfrentamos alguns desafios comuns, enfrentamos o desafio do terrorismo, do tráfico de drogas”, disse o secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, após reunir-se com o presidente peruano Ollanta Humala e seu homólogo, Pedro Cateriano.
Cateriano fez eco às observações de Panetta, acrescentando que Lima e Washington, D.C. atualizarão seu acordo de cooperação bilateral para defesa, datado de 1952.
“Nosso país fará o máximo possível para trabalhar com nossos amigos aqui do Peru e prestar toda a assistência necessária para garantir que o Peru possa proporcionar melhor segurança e prosperidade ao país e possa colaborar para maior segurança e prosperidade da região”, disse Panetta, saudando Lima como “um parceiro estratégico”.
O Peru – onde os traficantes de drogas trabalham em parceria com os guerrilheiros do Sendero Luminoso – tornou-se o principal produtor mundial de cocaína no ano passado, superando a Colômbia, de acordo com estimativas da Agência Antidrogas dos Estados Unidos.
Em 2012, Washington destinou US$ 84 milhões para ajudar o Peru, segundo estimativas do Serviço de Pesquisas do Congresso, sendo US$ 29 milhões para o combate ao tráfico de drogas e US$ 4,5 milhões para os esforços de defesa e contraterrorismo.
O orçamento deve cair para US$ 74 milhões no próximo ano.
“Os Estados Unidos estão prontos para trabalhar em conjunto com o Peru no planejamento, na troca de informações, na cooperação trilateral com a Colômbia, para enfrentar nossos problemas comuns de segurança”, disse Panetta.
Na América do Sul, os esforços de Washington não são voltados para o estabelecimento de bases permanentes e sim “para o trabalho com os países para desenvolver sua capacidade, para que eles possam garantir a segurança e a prosperidade para seus próprios cidadãos”, acrescentou.
Uma autoridade norte-americana de defesa que pediu anonimato disse que Panetta também propôs a integração de assessores dos EUA ao Ministério da Defesa peruano.
Até o momento, apenas o Afeganistão e Montenegro têm o benefício do novo programa de Assessoria do Ministério, conhecido como MoDA.