Os Estados Unidos vão enviar caças F-22 à Europa muito em breve, afirmou a secretária da Força Aérea norte-americana, Deborah James, nesta segunda-feira. Ela não forneceu detalhes sobre o número específico de aviões, a data ou a localidade.
O envio de jatos é visto como um movimento para atenuar as preocupações crescentes entre os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com uma agressão militar russa. A Força Aérea tem usado aviões de combate F-22 nos combates ao Estado Islâmico, os primeiros ataques aéreos reais realizados pela aeronave.
EUA e Turquia vão lançar operação "abrangente" contra Estado Islâmico
A Turquia e os Estados Unidos em breve vão lançar operações aéreas "globais" para expulsar combatentes do Estado Islâmico de uma zona no norte da Síria, na fronteira com a Turquia, disse o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, em entrevista à Reuters nesta segunda-feira.
Conversações detalhadas entre Washington e Ancara sobre os planos foram concluídas no domingo, e aliados regionais, incluindo a Arábia Saudita, Catar e Jordânia, assim como a Grã-Bretanha e a França, também podem participar, disse Cavusoglu.
"As negociações técnicas foram concluídas ontem, e em breve vamos iniciar essa operação, operações abrangentes, contra o Daesh (Estado Islâmico)", afirmou.
Segundo funcionários familiarizados com o plano, os Estados Unidos e a Turquia planejam fornecer cobertura aérea para rebeldes sírios considerados moderados pelos norte-americanos, como parte das operações que visam expulsar o Estado Islâmico de um retângulo de território fronteiriço, de cerca de 80 quilômetros de extensão.
Diplomatas dizem que cortar o acesso do Estado Islâmico à fronteira com a Turquia, através da qual tem sido capaz de trazer combatentes estrangeiros e suprimentos, poderia ser um divisor de águas no conflito. Jatos norte-americanos já começaram os ataques aéreos a partir de bases turcas.
Segundo Cavusoglu, as operações também enviariam uma mensagem ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e ajudariam a colocar pressão sobre seu governo para vir à mesa de negociações e buscar uma solução política para a guerra na Síria.
Separadamente, o ministro das Relações Exteriores turco disse estar satisfeito com a normalização das relações de alguns países ocidentais com o Irã, na sequência do acordo nuclear, mas afirmou que o governo iraniano agora precisa adotar um "papel mais construtivo" em crises regionais, incluindo as da Síria, Iraque e Iêmen.