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EUA defendem ampliação de escudo antimísseis; China critica

O subsecretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, reafirmou nesta segunda-feira o compromisso do governo americano de proteger a Coreia do Sul frente a ameaça da vizinha Coreia do Norte por meio do escudo antimísseis, que poderá ser reforçado. Autoridades chinesas e russas também se pronunciaram sobre o tema hoje, com os asiáticos dizendo que os planos dos EUA só devem aumentar o antagonismo na região. 

"Nos mantemos firmes em nosso compromisso da dissuasão oferecida pelo escudo antimísseis dos EUA. Nossos recursos militares estarão à disposição de nossos aliados", disse Carter, que está realizando uma viagem a Seul.

O Pentágono anunciou na sexta-feira a instalação de até 14 interceptadores terrestres de mísseis, que se somarão aos 30 já existentes, ação que pretende "se adiantar ao avanço no desenvolvimento norte-coreano de mísseis balísticos", explicou hoje o subsecretário de Defesa dos Estados Unidos.

A Coreia do Norte vem ameaçando Seul com promessas de iniciar uma guerra. Carter afirmou ainda que os cortes no orçamento anunciados pelo governo de Obama não afetarão a preparação militar das forças conjuntas dos EUA e Coreia do Sul em território sul-coreano.

Seul e Washington estão realizando exercícios militares conjuntos anuais em território sul-coreano, que foram duramente condenados pelo regime comunista de Kim Jong-un, que os considerou "testes para uma invasão".

Como resposta aos exercícios e as recentes sanções impostas pela ONU em retaliação ao último teste militar norte-coreano, o regime cortou a linha de comunicação entre as duas Coreias na aldeia fronteiriça de Panmunjom, declarou "completamente nulo" o cessar-fogo estabelecido com Seul em 1953 e ameaçou o vizinho com um "ataque nuclear preventivo".

China e Rússia respondem
A China disse nesta segunda-feira que os planos dos EUA de reforçar a defesa contra mísseis iriam apenas intensificar o antagonismo, e pediu ao governo americano para agir com prudência. "A questão antimíssil tem uma relação direta com o equilíbrio e estabilidade global e regional. Também diz respeito a interesses estratégicos mútuos entre os países", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês Hong Lei, em uma entrevista coletiva.

Hong afirmou que a China acredita que esforços para aumentar a segurança e resolver o problema da proliferação nuclear são melhor alcançados através dos meios diplomáticos. "Ações como reforçar (defesas) antimísseis vão intensificar antagonismo e não será benéfica para encontrar uma solução para o problema", disse Hong. "A China espera que o país em questão continue na base da paz e da estabilidade, adote uma atitude responsável e aja com prudência", acrescentou.

Por sua vez, vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, afirmou que seu país não vê concessões no anúncio feito pelos Estados Unidos sobre a reestruturação do sistema de escudo antimísseis na Europa. "Não se trata de uma concessão à Rússia", declarou Riabkov ao jornal Kommersant. Ele disse ainda que não via "nenhuma relação" entre as declarações do Pentágono sobre a reestruturação do escudo e as objeções da Rússia.

 

Com informações das agências internacionais

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