Os Estados Unidos acusaram a Rússia de orquestrar uma campanha de assédio e intimidação contra diplomatas americanos e seus familiares em Moscou, assinalou o Departamento de Estado nesta segunda-feira.
O secretário de Estado, John Kerry, discutiu a questão inclusive com o presidente russo, Vladimir Putin, disse a porta-voz Elizabeth Trudeau.
"Durante os últimos dois anos, aumentou significativamente o assédio e a vigilância do nosso pessoal diplomático em Moscou por parte de agentes de segurança e da polícia de trânsito", disse Trudeau em entrevista coletiva.
A porta-voz comentou um relatório publicado nesta segunda-feira pelo jornal The Washington Post que revela que agentes dos serviços de Inteligência e Segurança russos seguiram diplomatas e familiares, surgindo em eventos sociais sem convite.
Alguns diplomatas denunciaram a entrada de pessoas em suas casas durante a noite, que mudaram móveis de lugar, defecaram em cômodos e até mataram um cão.
"Observamos um aumento (da intimidação) e tomamos isto seriamente", declarou Trudeau.
Moscou acusa os Estados Unidos de acossarem seus diplomatas, e admite adotar medidas em resposta.
Trudeau negou as acusações de assédio a diplomatas russos e qualificou a denúncia de "infundada".
Funcionários do departamento de Estado assinalam que a intimidação de Moscou aumentou significativamente após a invasão da Ucrânia, em 2014, que deflagrou sanções contra a Rússia, segundo The Washington Post.