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Entenda as recentes incursões de Israel em cidades palestinas da Cisjordânia

Forças de defesa israelenses buscam apreender terroristas palestinos em operação de contraterrorismo

Nesta semana, a incursão de Israel em Jenin, cidade palestina na Cisjordânia/Judeia e Samaria, resultou na morte de 6 terroristas palestinos – sendo três ligados à Jihad Islâmica Palestina – quando confrontos eclodiram entre homens armados e tropas israelenses na manhã de segunda-feira (19). Para evacuar oito soldados feridos da zona de batalha, foi a primeira vez desde a Segunda Intifada que um helicóptero israelense abriu fogo, de acordo com a Rádio do Exército de Israel. Em declaração conjunta, as Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Polícia de Fronteira disseram que os israelenses entraram na cidade do norte da Cisjordânia nas primeiras horas da manhã para deter dois palestinos procurados.

Como resposta à incursão, nesta terça-feira (20), homens palestinos armados realizaram um atentado terrorista contra civis que estavam em um posto de gasolina e um restaurante em Eli, cidade judaica na região da Cisjordânia/Judeia e Samaria. Na sequência, atacaram os clientes do restaurante adjacente, Hummus Eliyahu. Quatro pessoas foram assassinadas e outras quatro ficaram feridas. Pelo menos dois terroristas responsáveis pelo ataque foram neutralizados até o momento.

O atentado de terça foi celebrado na cidade palestina de Nablus com a distribuição de doces, com uma mensagem que se traduz como “Bala pela operação ‘Eli’. Sangue por sangue”.

André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil, explica que “as incursões de Israel na Cisjordânia acontecem desde fevereiro do ano passado como parte da ‘Breaking the Wave’, ou ‘Quebrando a Onda’ em português, operação conjunta das forças de segurança israelenses que tem como objetivo conter as ondas de violência e ataques terroristas em Israel, buscando apreender terroristas que vivem principalmente em Jenin e Nablus”.

Operação de contraterrorismo

As tensões entre Israel e os palestinos aumentaram desde março de 2022, após uma série de atentados terroristas em Be’er Sheva, Bnei Brak e Hadera, que deixou, à época, 11 mortos e 12 feridos. Desde então, as IDF lançaram a operação Quebrando a Onda, uma ação de contraterrorismo, para conter a série de ataques terroristas feitos por palestinos, para prender os criminosos e impedir futuros ataques.

Desde o início da operação Quebrando a Onda, em 31 de março de 2022, os ataques palestinos (25, no total), em Israel e na Cisjordânia /Judeia e Samaria mataram 45 pessoas e deixaram várias outras gravemente feridas, incluindo as vítimas do ataque desta terça-feira (20). 

“É incalculável o número de vítimas que poderia ter sido feito caso ações de contraterrorismo não tivessem sido planejadas e executadas pelas IDF”, comenta Lajst. “Pela recente escalada de violência, Israel está preparando uma operação cada vez mais forte para tentar conter essa onda de terrorismo, usando até mesmo um helicóptero pela primeira vez em muitos anos”.

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