A Embaixada da Rússia em Washington confirmou neste sábado (07/11) a morte do empresário Mikhail Lesin. O corpo foi encontrado na última quinta-feira pela polícia local no Hotel Dupont Circle, em Washington.
Lesin foi ministro russo da Imprensa, Televisão e Rádio de 1999 a 2004. Nos cinco anos seguintes, ele trabalhou como assessor de mídia da presidência russa. Em 2013, o executivo se tornou o CEO da gigante dos meios de comunicações Gazprom-Media Holding, mas pediu demissão neste ano alegando motivos familiares.
A rede de notícias Russia Today informou que o empresário de 57 anos teria sofrido um ataque cardíaco. A emissora afirmou que Lesin teria "inspirado a criação" da emissora internacional apoiada pelo governo em Moscou.
O presidente russo, Vladimir Putin, saudou a "enorme contribuição prestada por Mikhail Lesin para a formação dos meios de comunicação modernos russos", anunciou a agência de notícias russa Tass.
Corrupção
De acordo com a emissora americana ABC, Robert Wicker, senador republicano pelo estado do Mississippi, pediu no ano passado que Lesin fosse investigado por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção.
O executivo da mídia russo teria supostamente acumulado milhões de dólares em ativos na Europa e nos Estados Unidos no período em que trabalhou para o governo em Moscou. Segundo a reportagem, seriam 28 milhões de dólares em imóveis em Los Angeles.
"O fato de um funcionário público russo ter acumulado os fundos necessários para adquirir e manter estes ativos na Europa e nos EUA levanta sérios questionamentos", escreveu Wicker.