A embaixada da Rússia em Londres acusou nesta sexta-feira a polícia britânica de não tomar nenhuma medida para evitar um ataque contra seu prédio por um grupo de ativistas que se manifestava contra o apoio russo ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
A acusação foi feita no momento em que 40 manifestantes vestidos com balaclavas protestavam em frente à embaixada, localizada em um bairro nobre de Londres, contra o veredicto que condenou a banda punk russa Pussy Riot em Moscou.
Um porta-voz da representação diplomática disse que um grupo de manifestantes gritando frases contra Assad atacou o edifício na madrugada, atirando pedras e quebrando janelas.
"A polícia que chegou ao local infelizmente não tomou quaisquer medidas para acabar com o protesto não autorizado e deter os manifestantes", disse o porta-voz. Ninguém ficou ferido.
"Vemos o incidente como um novo caso de violação ao princípio de inviolabilidade das missões diplomáticas em Londres."
O porta-voz afirmou que houve danos significativos ao edifício e publicou na página da embaixada no Facebook uma foto de janelas quebradas e grandes pedras espalhadas no chão.
A polícia britânica não comentou o ataque imediatamente.
O apoio russo ao governo sírio tem provocado críticas generalizadas de vários grupos desde que o conflito começou, em março de 2011. Rússia e China vetaram três resoluções propostas pelo Ocidente que continham críticas a Damasco e ameaçava o regime com sanções.
As relações da Grã-Bretanha com a Rússia estão abaladas desde 2006, quando o crítico do Kremlin Alexander Litvinenko, um ex-espião russo, foi assassinado em Londres com envenenamento por polônio-210 radioativo.