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Em pleno ataque terrestre em Homs, França pede cessar-fogo

O governo francês pediu nesta quarta-feira a suspensão dos bombardeios na cidade síria de Homs. Tida como a “capital da revolução”, o local vem sofrendo ataques ostensivos e partes da cidade estão isoladas. Autoridades denunciam um estado de urgência humanitária. O exército sírio lança um ataque terrestre para recuperar o bairro rebelde de Bab Amro, onde viviam cerca de 20 mil pessoas.

“Nós esperamos que o governo de Damasco reúna todas as condições para uma evacuação rápida e segura, principalmente através de um cessar-fogo imediato em Bab Amro”, declarou à imprensa nesta quarta-feira o porta-voz do ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Valero.

O país trabalha na liberação da jornalista francesa Edith Bouvier, ferida na cidade no dia 22 de fevereiro durante o bombardeio que provocou a morte de dois de seus colegas de profissão. Embora o presidente francês, Nicolas Sarkozy, tenha declarado na terça-feira que ela teria conseguido chegar até o Líbano, Bouvier, que necessita de uma intervenção cirúrgica urgente, o fotógrafo William Daniels e o jornalista espanhol Javier Espinosa ainda tentam, desde da semana passada, deixar o local.

Corredor humanitário

Os bairros de Baba Amro e Inchant , no sudoeste da cidade, são particularmente atingidos pela ofensiva militar do regime. Isolados, eles não têm acesso a distribuição de alimentos, cobertores e ajuda médica de urgência fornecida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Um canal de comunicação que abastecia Baba Amro foi dinamitado na terça-feira. “Medicamentos e alimentos eram trazidos por essa via clandestina que é na verdade uma canalização de água de 2700 metros de comprimento, onde é difícil caminhar de joelhos”, disse Hadi Abdallah, membro da comissão geral da revolução síria, a agência de notícias francesa AFP.

Os Estados Unidos trabalham em um projeto do Conselho de Segurança da ONU pedindo a liberação da entrada de agências humanitárias e o fim das violências. Nesta quarta-feira, a China, aliada do governo de Bashar al-Assad, se mostrou favorável a entrada de ajuda humanitária no país. Desde o início da repressão, 7.500 pessoas morreram, de acordo com as estimativas das Nações Unidas.

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