O Irã responderá se for atacado, mas é improvável que inicie ou provoque um conflito, afirmou um oficial da inteligência norte-americana nesta quinta-feira. O Irã respondeu às novas sanções dos Estados Unidos ameaçando fechar uma rota marítima essencial para o petróleo e há a preocupação de que Israel ataque instalações nucleares iranianas e aumente as tensões ainda mais.
"O Irã pode fechar o Estreito de Hormuz ao menos temporariamente e lançar mísseis contra as forças dos Estados Unidos e de nossos aliados na região caso seja atacado", disse o diretor da Agência de Inteligência da Defesa, o general Ronald Burgess, em uma audiência do Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA.
"O Irã também pode tentar empregar soluções terroristas em todo mundo. No entanto, a agência avalia que é improvável que o Irã inicie ou provoque intencionalmente um conflito", afirmou ele. Questionado se as agências de inteligência acreditam que Israel tenha tomado a decisão de atacar o Irã, Burgess respondeu: "Segundo nosso conhecimento, Israel não decidiu atacar o Irã".
Ele também afirmou que, apesar do endurecimento das sanções, é improvável que o Irã abandone seu programa nuclear. O Ocidente acredita que o programa iraniano seja destinado ao desenvolvimento de armas nucleares, mas o Irã afirma que ele tem finalidades pacíficas. "O Irã hoje tem a capacidade técnica, científica e industrial para mais cedo ou mais tarde produzir armas nucleares. Embora a pressão internacional contra o Irã tenha aumentado, inclusive por meio de sanções, avaliamos que Teerã não está perto de concordar em abandonar seu programa nuclear", afirmou Burgess.
O diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, reiterou na mesma audiência que as agências de inteligência acreditam que o Irã não tomou a decisão de construir uma arma nuclear.