A Rússia enviou um navio de reconhecimento à costa síria, no Mediterrâneo, na expectativa de uma intervenção na região. O Priazovié deixou o porto ucraniano de Sebastopol, no mar Negro, no domingo à noite, de acordo com a agência Interfax. Hoje o chanceler russo Serguei Lavrov voltou a criticar uma possível intervenção militar, dizendo que ela inviabiliza uma solução pacífica a longo prazo.
A embarcação eletrônica não faz parte da frota de navios de guerra russos que já estão região, e seus dados coletados serão enviados diretamente ao Estado Maior das forças armadas russas. Segundo as autoridades, o grupo de navios no Mediterrâneo está analisando de maneira ininterrupta as atividades militares em torno da Síria.
"Utilizamos o sistema de segurança por satélite, assim como outras informações", declarou um responsável militar russo que preferiu não se identificar. A intenção, disse, é analisar as táticas que serão utilizadas pelos participantes em um possível conflito, além de "perspectivas futuras."
A Rússia mantém diversos navios de guerra no leste do Mediterrâneo desde o início da guerra na Síria, há dois anos e meio. O país é o principal aliado do regime sírio, para quem envia remessas de armas.
Os russos também possuem uma base militar no porto de Tartus, a 220 quilômetros no nordeste de Damas.
O país continua sendo contrário a uma intervenção no país. O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse nesta segunda-feira "que não está convencido" do uso de armas químicas pelo regime sírio.
Segundo ele, uma ofensiva poderia inviabilizaria uma conferência para discutir uma saída pacífica para a guerra na Síria, que já deixou mais de 100 mil mortos.
Porta-voz americano se aproxima do litoral sírio
Segundo o canal de TV ABC News, um porta-aviões americano com propulsão nuclear está se aproximando do litoral sírio para participar de uma eventual intervenção.
O USS Nimitz deveria voltar para a bas de Everett, em Washington, mas recebeu ordens para continuar na região.
O presidente Barack Obama está decidido a atacar a Síria, mas preferiu levar a questão para ser votada no Congresso, no próximo dia 9 de setembro.