John Kerry se encontrou nessa terça-feira em Berlim com o chefe da diplomacia russa Sergueï Lavrov. O secretário de Estado norte-americano tentou convencer o representante de Moscou a mudar de posição sobre a crise síria, dois dias antes da reunião internacional que será realizada sobre o tema em Roma.
O novo chefe da diplomacia norte-americana, que faz o seu primeiro giro internacional desde que assumiu o cargo, aproveitou sua passagem por Berlim para se encontrar com o ministro russo das Relações Exteriores Sergueï Lavrov em um hotel da capital alemã. O representante da Casa Branca tentou, sem muito sucesso, convencer o russo a se unir à comunidade internacional para apoiar a oposição síria, dois dias antes de uma cúpula sobre o assunto em Roma.
A Rússia é uma das últimas grandes potências a manter relações com o regime de Damasco, para quem ainda fornece armas. Após o encontro em Berlim, Lavrov reafirmou a posição de Moscou, que consiste em incentivar uma negociação dos rebeldes com o governo sírio. “Contamos com a oposição, que vai se encontrar em Roma com representantes dos países ocidentais, para se pronunciar em favor do diálogo e nos dar os nomes dos negociadores”, declarou o russo em Berlim.
Do lado norte-americano a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, disse que as discussões em Berlim se concentraram no chamado Acordo de Genebra, texto adotado em junho passado pelo Grupo de ação sobre a Síria. O conteúdo do documento é uma das fontes das divergências entre as duas partes. De um lado Washington estima que o acordo abre a porta para a era pós-Assad, enquanto Moscou e Pequim alegam que os próprios sírios devem decidir o futuro do país, sem intervenção internacional.