A presidente Dilma Rousseff voltou a afirmar nesta sexta-feira que o Brasil defende uma saída diplomática para o conflito na Síria. A presidente citou ações militares externas como as invasões do Afeganistão e do Iraque como exemplos de iniciativas fracassadas de construção da paz.
"Não achamos que instrumentos usados até agora nos outros países, quais sejam: invasão do Iraque e do Afeganistão, resolvam qualquer problema. Está provado que não dá certo", disse Dilma.
Em entrevista coletiva no hotel Ritz, no qual está hospedada em Londres, e antes de se encontrar com atletas brasileiros, a presidente defendeu as tentativas de paz lideradas pelo enviado especial da ONU à Síria, Kofi Annan.
Consenso
A líder brasileira afirmou ainda acreditar ser necessária uma posição comum no Conselho de Segurança das Nações Unidas no sentido de construir a paz na Síria. "O que temos que construir em conjunto, todas as nações do mundo, é um caminho diferente em que a paz seja obtida por meios diplomáticos muito efetivos, de um consenso criado dentro do Conselho de Segurança".
Antes da entrevista coletiva, Dilma se reuniu a portas fechadas com o líder da oposição na Grã-Bretanha, Ed Milliband. Do hotel, ela seguiu para o centro de treinamento brasileiro em Crystal Palace, onde tinha marcado um almoço com atletas.
No final da tarde, ela participa de uma recepção com a rainha Elizabeth 2ª e conclui a sua agenda oficial na capital britânica no estádio olímpico, onde assiste a cerimônia de abertura da Olimpíada. Dilma só embarca para o Brasil no sábado à noite, mas não tem compromissos oficiais durante o dia.