A conferência de consultas sobre a crise na Síria, convocada por iniciativa do Irã, principal aliado regional do regime sírio, começou nesta quinta-feira, em Teerã, informou a televisão estatal iraniana. A televisão mostrou imagens de cerca de 30 representantes de diferentes países nesta conferência, inaugurada pelo ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi.
Entre eles, figuram diplomatas da Rússia, Iraque, Afeganistão e Paquistão. De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, cerca de doze países da Ásia, África e América Latina devem participar no encontro. Segundo ele, são países que "possuem posições realistas" sobre a crise síria.
A lista dos países convidados não foi oficialmente divulgada. Sabe-se, no entanto, que o representante da Síria não estará presente, segundo informou a chancelaria síria. Kofi Annan, que recentemente renunciou ao papel de enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, também declinou de participar. Salehi sugeriu que o governo do Irã tentará reviver o plano de paz de Annan.
Rússia, outro aliado fundamental da Síria, estará representado por seu embaixador em Teerã. O presidente sírio, Bashar al-Assad, recebeu na terça-feira seu aliado iraniano, Said Jalili, emissário do Guia Supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, quando afirmou que está decidido a arrasar a rebelião contra seu regime. Assad e Jalili examinaram "as relações bilaterais entre a Síria e a República Islâmica do Irã, assim como a situação na região", indicou a televisão.
Jalili afirmou claramente que o Irã permanecerá ao lado do regime sírio diante de quem quiser quebrar a Síria, elemento fundamental da "resistência contra os Estados Unidos e Israel". "O Irã jamais permitirá que se quebre o eixo da resistência da qual a Síria é um pilar fundamental", afirmou durante sua reunião com Assad. "A situação na Síria não é uma crise interna, e sim um conflito do eixo da resistência nesta região" contra Israel e Estados Unidos, acrescentou Jalili.