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Delegação dos EUA viaja a Pequim para diminuir tensão com Japão

Uma delegação de ex-funcionários da Segurança Nacional dos EUA chegou nesta segunda-feira a Pequim com o objetivo de aliviar a disputa territorial que a China mantém com o Japão pelo arquipélago das ilhas Diaoyu/Senkaku, segundo os meios de imprensa oficiais chineses.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, confirmou que a legação ficará na China até o próximo dia 24 de outubro, mas descartou que o motivo da visita seja "a mediação pela disputa". "O principal objetivo dos encontros corresponde à troca de pontos de vista com a China sobre relações bilaterais e aspectos de interesse mútuo", disse o porta-voz.

O grupo é liderado pelo ex-subsecretário de Estado do primeiro governo de George W. Bush, Richard Armitage, informa nesta segunda o jornal China Daily, que especifica que a viagem começou no Japão na sexta-feira passada, onde os emissários permaneceram até hoje, quando se reuniram com o primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda.

O Ministério das Relações Exteriores chinês somente confirmou a presença do ex-conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, em uma série de encontros que acontecerão nos próximos dias. Segundo o China Daily, vários analistas "apontam que a visita pode ajudar a aliviar as tensões que surgiram entre China e Japão, e facilitar para que ambos os países comecem a dialogar".

As tensões entre Japão e China começaram em setembro, quando Tóquio anunciou a compra de três das polêmicas ilhotas. A China respondeu a "afronta" com o com o envio de patrulheiras às águas do arquipélago. A decisão do Japão suscitou em violentas manifestações em diversas cidades chinesas e a suspensão dos atos que lembrariam o 40° aniversário do reinício de relações diplomáticas entre Tóquio e Pequim.

O arquipélago, desabitado e com uma superfície de 7 km quadrados, acredita-se que pode abrigar reservas de hidrocarbonetos e é um foco histórico de disputa entre ambos os países. Sobre esta disputa, Hong reiterou que o arquipélago "sempre foi território chinês", que sua soberania é "indiscutível" e deu um prazo ao Japão para "negociar e dialogar" a fim de acabar com as tensões.

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