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Criticada por comboio humanitário, Rússia repudia Ucrânia e Lituânia

A Rússia defendeu nesta sexta-feira sua decisão de enviar um comboio humanitário à Ucrânia sem permissão oficial, dizendo que às vezes não há "cadeia de comando" em Kiev e que Moscou está cansado de jogar com as autoridades ucranianas.

Falando a repórteres na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o embaixador russo na entidade, Vitaly Churkin, também destinou palavras duras à Lituânia, membro temporário do Conselho de Segurança da ONU, acusando o país de derrubar sistematicamente as iniciativas russas com ajuda dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

A Lituânia pediu uma reunião de emergência do conselho nesta sexta-feira para discutir os últimos acontecimentos na Ucrânia. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que tropas russas vinham disparando fogo de artilharia através da fronteira e dentro da Ucrânia, uma escalada significativa no apoio militar aos rebeldes pró-Moscou.

"Às vezes parece não haver uma cadeia de comando clara em Kiev, porque algumas garantias são dadas (à Rússia) em um nível bastante alto e depois outros não dão as ordens necessárias… para que a polícia de fronteira deixe os caminhões (de ajuda humanitária) entrarem", afirmou Churkin. "Este jogo não pode durar indefinidamente."

"Nós esperamos muito e era hora de agir", acrescentou ele. "E é isso o que fizemos."

Após a reunião inconclusiva a portas fechadas do Conselho de Segurança, o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, disse a jornalistas que nenhum país saiu em defesa de Moscou, enquanto muitos membros consideraram o comboio uma ação "ilegal e unilateral" da Rússia.

Churkin contestou as declarações de Lyall Grant, que é presidente do conselho neste mês, dizendo que ele tinha recebido o apoio da China e da América Latina. Chile e Argentina são membros temporários.

O embaixador russo disse ser uma hipocrisia das potências ocidentais criticar a Rússia por enviar ajuda a civis no leste ucraniano, porque o Ocidente vem exigindo medidas semelhantes na Síria.

"Eles estavam exigindo um arranjo que permitiria que entidades humanitárias oferecessem assistência sem o consentimento do governo sírio", declarou. "E nós cooperamos."

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