O general de divisão brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz. foi nomeado para o cargo no último dia 17 de maio pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ele substitui o general de divisão indiano Chander Prakash Wadhwa, cujo mandato foi concluído em 31 de março.
“A prioridade é a proteção de civis. Então, nós não aceitamos crimes, ataques contra a população ou contra as Nações Unidas, e vamos utilizar todos os meios a partir de agora”, disse Santos Cruz a jornalistas na coletiva em Goma, capital da província de Kivu do Norte. “Não é aceitável (para mostrar) tolerância em crimes como assassinato, estupros, saques, recrutamento forçado.”
A missão da ONU na RD Congo existe há 15 anos e é a maior da organização. Seu mandato tem como objetivo principal a proteção da população civil, que sofre com a ação de grupos rebeldes e milícias étnicas da região da África central, rica em minerais.
A missão possui quase 17 mil soldados, cerca de 500 observadores militares e 1.400 policiais. Outros 4.500 civis também integram a missão.
Em março deste ano, o Conselho de Segurança da ONU criou uma brigada de intervenção dentro da MONUSCO com o objetivo de combater os grupos armados.
Santos Cruz informou aos jornalistas que a nova unidade, prevista para ter cerca de 3 mil soldados, tem atualmente 40% do seu efetivo e deve estar funcionando plenamente até o final de julho. A brigada, composta de tropas da Tanzânia, Malauí e África do Sul, começou a ser implantada em Goma no dia 13 de maio deste ano.
Em uma reunião com a equipe sênior de gerenciamento da MONUSCO, Roger Meece parabenizou o trabalho realizado, tanto dos militares quanto dos civis, apesar das difíceis condições de segurança em que vivem e trabalham.
Roger Meece passou três anos na RD Congo como representante especial do secretário-geral. Ele deverá deixar Kinshasa em julho de 2013, quando será substituído pelo alemão Martin Kobler, nomeado na última segunda-feira (10), que chefiava atividades da ONU no Iraque e já atuou nas forças de paz do Afeganistão.