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Comentário Gelio Fregapani – Atuação governamental, O que esperar? Fatos portadores do futuro


Assuntos: Atuação governamental, O que esperar?
Fatos portadores do futuro

 
 
A atuação governamental e suas consequências

 Nossos governos têm agido mal Em alguns setores tem agido pessimamente. Uma dos piores setores tem sido a política indigenista, avultando a criação da reserva Ianomâmi, por Collor e a da Raposa Serra do Sol, por Lula, afetando diretamente a nossa integridade territorial a troco de prestígio pessoal no exterior. Por vezes, o atual Governo sinalizou com a possibilidade de reversão nesse maligno processo, mas agora nos ameaça com novas reservas no Mato Grosso do Sul e no Tocantins. Se isto não for interrompido se justificaria uma rebelião aberta.

Outro setor onde a atuação governamental tem sido lamentável é quanto a corrupção, que contamina o partido no poder, e não só a ele. A roubalheira vem de longe. Podemos assinalar a compra de votos desde o Sarney bem como a “república de alagoas” do Collor, não esquecendo o maior ato de corrupção que foi a privatização / desnacionalização com que FHC doou o patrimônio público e endividou o País, em obediência ao consenso de Washington. Entretanto, a corrupção nunca tinha sido tão disseminada quanto foi no período Lula, o que agora vem à luz. A indignação popular certamente tem conduzido a uma atuação, embora ainda tímida, da atual governante e bastante incisiva da maioria dos Ministros do STF. Essa mesma indignação, e com razÍ o, se não atendida tende a exacerbar -se, ameaçando já as desacreditadas instituições.

 Não menos importante é o erro na condução na questão fundiária e ambiental. Interligadas com a questão indigenista abrem uma verdadeira guerra ao setor rural produtivo que, forçosamente, terá que reagir com violência para sobreviver.  Acrescentando a incrível escalada da violência criminal, provocada pela certeza da impunidade e  pela expectativa da não reação causada pelo desarmamento e acovardamento das pessoas de bem e, podemos recear que o País caminhe para reações desproporcionadas. Esses e outros fatores, por si tendem a conduzir a convulsões mais ou menos graves, mas junto com as pressões estrangeiras que nos ame açam até com o separatismo, ou seja, o fim da unidade nacional. Nessas horas propícias ao surgimento de lideranças revolucionárias ou a governante atual esquece sua ligação com o passado e se transforma num novo modelo de Caxias ou tudo vai acabar mal.

Com a classe política é que não poderá contar.
 
Na segunda metade do Governo – O que esperar?

Ao iniciar, o governo Dilma foi recebido com desconfiança. Lula, com grande popularidade, elegeria até um poste. Ela era o poste, do qual os petistas esperavam que obedecesse cegamente ao Lula e protegesse os malfeitos de seus correligionários. A “base aliada” que continuasse a distribuir cargos e mensalões como Lula fazia e os mais desamparados e os mais incapazes que continuasse  a distribuição das bolsas “tudo” e cestas básicas. Nós militares receávamos que fosse uma revanchista raivosa que, sem a capacidade de ceder quando a pressão se tornasse demasiada, nos encurralaria a ponto de nos forçar a uma revolta desesperada, mesmo sem o apoio popular, ou seja, fadada a derrota. Parecia ser esta a tática em vigor.

Muito disso não aconteceu. Continuou com a política assistencialista, mas não compactuou com a corrupção como o esperado, e com algumas tímidas punições aos corruptos mais em evidência criou uma imagem de correção que encantou a população, mas assustou os corruptos da base aliada. Soube contrariar o Lula e o Dirceu em alguns pontos, conquistando simpatizantes da oposição, mas ganhou a inimizade de poderoso grupo dentro do PT. Enquanto, o Lula conquistava os banqueiros garantindo-lhes lucros exorbitantes, Dilma forçou a baixa dos juros. Apesar de tomar atitudes nacionalistas ofendeu os militares com a maldita Comissão da “Verdade”. Ganhou apoio popular, mas colecionou inimigos.

No âmbito mundial, as atitudes nacionalistas da Presidente contrariaram os interesses do estabelecimento financeiro internacional, um inimigo poderosíssimo que, se antes já atuava contra a autonomia do nosso País, agora desencadeia contra nós uma guerra de morte.O artigo do “The Economist” é uma declaração que a guerra já começou.

Nesta segunda metade do período presidencial, o que podemos esperar? – Certamente tempos difíceis, sabotagens internacionais, oposições internas ferozes, alimentadas pelas corrupções do PT que virão a público, economia declinante quer pela recessão internacional, quer pela inconseqüente política assistencialista herdada, impossível de ser mantida eternamente, mas difícil de desmanchar. E um governo pode resistir até a denuncias comprovadas de corrupção, desde que a economia corra bem. Com a economia declinante, qualquer escândalo pode virar pretexto.

Podemos esperar um período difícil para o Governo e para o País. Para enfrentar as pressões estrangeiras necessitamos de união, mas união não haverá. Talvez a melhor maneira de romper o impasse seria a Presidente se afastar do bando de corruptos que a cerca e agrupar em torno de si os nacionalistas, que são os únicos dispostos a se sacrificar por um ideal, mas para isto teria que dar um basta nos revanchistas da Comissão da “Verdade” e dos Direitos “Humanos”, pois o núcleo organizado dos idealistas se concentra nas Forças Armadas.

Pode ser ainda que aconteça um conflito mundial de grandes proporções, mas aí muda todo o cenário.
 
Indústria de Material Bélico

Quem não fabrica suas próprias armas não é independente. Quando muito pode ser uma “Força Auxiliar”  de um Império aliado.

Há quase cem anos, em 1932, São Paulo demonstrou que não fazíamos armas porque não queríamos, em função do nosso complexo de vira-latas. Posteriormente, criamos uma indústria de defesa privada, mas realmente nacional – a Avibrás com tecnologia própria desenvolveu o “Astros”, míssil de grande sucesso em guerras no Oriente Médio; a Engesa os blindados Cascavel e Urutu e conseguiu produzir o tanque Osório, o melhor do mundo na época. Os produtos tinham tal nível de qualidade que venceram cada concorrência da qual participavam, mas isto acabou. A atuação dos EUA e suas multinacionais no Brasil, com a cumplicidade de Collor destruiu inicialmente a Engesa e em seguida desmantelou quase totalmente nossa indústria de defesa, terres tre e naval. Mal sobrou a Avibrás, que, sem encomendas, sobreviveu fabricando antenas, enquanto aguarda a hora de ressurgir.

Atualmente há sinais de reativação de encomendas na indústria de material de defesa, mas a ainda existente indústria bélica nacional quando não é estrangeira está sendo comprada por empresas estrangeiras com o apoio de seus respectivos governos ou o que é pior são mortas no nascedouro pelo mau uso da burocracia paralisante, talvez ao comando dos lobbies estrangeiras. As recém nascidas indústrias bélicas de alta tecnologia recebem ofertas irresistíveis, e assim rumamos para a desnacionalização total

Os telegramas diplomáticos revelados pelo Wikileaks revelam que a Casa Branca ainda atua para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico militar  brasileiro principalmente quanto a energia nuclear e tecnologia espacial, lamentavelmente com a colaboração de traidores, em sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA. Entretanto, chama a atenção a situação da munição leve – de fuzis e submetralhadoras. A CBC, a única fabricante, apesar do nome, provavelmente não é brasileira, pois seu controle está nas ilhas Cayman. Empresários brasileiros que se propõe a fabricar munição, em vez de facilidades, encontram tantos problemas que dá para desconfiar se algum inter esse oculto existe para impedir que se estabeleçam. Acabarão fabricando no Peru ou no Paraguai. Aliás, já há brasileiros fabricando nos EUA.  

É hora de dar um basta. Se queremos uma indústria de defesa, ela tem de ser nacional, com o capital controlado por brasileiros. Um país não tem amigos, tem seus interesses. Aliados só valem até o momento em que os interesses deles conflitam com os nossos.

 
     Geopolítica- Fatos portadores do Futuro


Gas de xisto nos EUA

A possibilidade de auto-suficiência energética dos EUA com o gás de xisto, se confirmada, mudará os cenários previsíveis antes desse fato. Se antes  a forte dependência dos combustíveis fósseis conduzia os EUA a uma política agressiva no Oriente Médio, visando garantir seu abastecimento, a  auto-suficiência lhes permitirá desligar-se daquela região,quer de seus aliados, quer de seus desafetos.

Com isto os EUA firmarão sua supremacia sobre os demais países e se tornarão mais ricos, mais fortes e menos vulneráveis. A China e a União Européia  também serão beneficiados pela maior oferta de petróleo, mas os produtores verão reduzidos seus lucros. Mesmo com o novo alento da economia estadunidense, os dólares fora do território norte- americano terão que perder o valor, mesmo que signifique um calote internacional, pois senão tudo que houver nos EUA poderá ser comprado. Os países prejudicados nada poderão fazer, pois os EUA além de serem os mais fortes praticamente não dependerão de ninguém mais.  Entretanto, se confirmadas as expectativas de serem, as reservas dos EUA, maiores do que as da ArÍ bia e a tecnologia tornar  sua extração competitiva, os EUA passarão a ser um grande fornecedor, mudando mais uma vez o cenário.

Com o tempo tudo se ajeitaria, mas o mundo não será igual ao que já foi. Os EUA mesmo auto-suficientes em energia, se não poderão competir com a China em comércio exterior. Terão que se contentar com o seu mercado interno. De uma forma ou de outra todos tenderão a se tornar protecionistas para proteger suas indústrias, e mesmo a China sentirá o impacto do protecionismo dos importadores.

Mesmo nesses cenários previsíveis o nosso País tem tudo para se tornar a nação mais privilegiada devido a seus incomparáveis recursos naturais, mas precisará manter uma união interna, ora sob ameaça. Terá também que nacionalizar sua tecnologia e seus meios de produção (nacionalizar não significa estatizar). Enquanto as indústrias aqui instaladas forem estrangeiras, enquanto a pesquisa e as tecnologias só evoluírem lá fora, o fruto dos bens aqui produzidos se esvairão pelos royalties e remessas de lucros como o sangue se esvai por veias abertas.

Um produto feito no Brasil é melhor para a economia do que o mesmo produto importado e significa  um desenvolvimento em relação ao seu similar importado, mas não significa independência. É apenas  Know How, não Know Wy

Traduzindo: A independência e o verdadeiro desenvolvimento são proporcionados pelos produtos feitos pelo Brasil (Made by Brazil), não somente os feitos no Brasil (Made in Brazil)    Pense nisto antes da próxima compra.


Petróleo no Paraguai

O presidente do Paraguai anunciou a descoberta de grande quantidade de petróleo na região do Chaco, na fronteira com o Brasil, Argentina e a Bolívia, e que o Paraguai espera ser incluído na relação dos  produtores de petróleo até junho de 2013.  As empresas responsáveis pela exploração do produto são Crescent Global Oil, cuja sede fica no Texas, nos Estados Unidos, e Pirity Hidrocarbonetos. As perfurações ocorrerão a partir de dezembro deste ano.

Com dinheiro entrando, muita coisa mudará. Esperamos que as boas notícias se confirmem e desejamos boa sorte ao país vizinho, e que  isto não o  torne  mais um enclave dos Estados Unidos na América do Sul.

Interferência insuportável

O Reino Unido sempre procurou interferir nos outros povos, em benefício deles mesmos usando como pretexto causas humanitárias. Sentimos na pele essa ação desde o tráfico de escravos, até as campanhas indigenistas/ambientalistas, sem esquecer o “vendam suas fábricas , vendam suas minas, da Margaret Tatcher. Agora propõe, com ares de quem manda, que o Brasil privatize/desnacionalize o que ainda resta e substitua o Ministro da Economia, que está prejudicando os negócios do sistema financeiro internacional .    
   
A impunidade e as infidelidades matrimoniais com o nosso dinheiro

Indignados com a impunidade reinante, a cada punição de trambiqueiros, nossos corações batem esperançosos de uma nova era onde nem os dirigentes escapariam da Justiça. Mais condescendentes costumamos ser com as infidelidades conjugais, num tempo em que muitos consideram natural até o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Quando se tratava de políticos, sabíamos que as amantes seriam recompensadas com o nosso dinheiro, mesmo assim, coletivamente sempre nos portamos com relativa indiferença.

Conhecemos de longa data, desde D. Pedro I e sua Domitila ao Lula e sua Rosemary, passando pelo Renan e sua Mônica e pelo FHC com sua Miriam, mas não dávamos muita atenção. Talvez pensássemos que seria pior se “ele” aparecesse com um namorado.

Lula e Rosemary –  Embora a relação fosse conhecida, a imprensa brasileira, elegantemente, se manteve longe do caso. Quando, no entanto, ficou evidente que a amante se imiscuiu em assuntos do Governo, que em razão da proximidade conseguiu a nomeação de corruptos em alto grau para importantes cargos na República, quando ela transportou pessoalmente milhões de dólares ao exterior com finalidade mais do que suspeita, aí o assunto deixa de ser “pessoal” para se tornar uma questão de interesse público. Foi o que aconteceu. Ponto para a imprensa.
 
Sem noção

O Presidente francês, Francois Hollande, seguindo os passos do seu mentor político (Miterrand), elogia a “luta” do beiçudo Raoni e defende o indigenismo e  intervenções na Amazônia. Se esquece da sua Guiana

A Funai alardeia que a criação de novas reservas é a demanda mais urgente dos indígenas, mas e eles as  abandonam para viver em favelas. Querem é ter um emprego, uma renda. Querem roupa de homem branco, celular e essas coisas de gente jovem A questão fundiária para eles é um tema marginal, insuflado pelos antropólogos. Por eles  nem sequer citariam a criação ou a ampliação de reservas.

Regras de trânsito. Uma lata de cerveja ou um cálice de vinho podem (e devem) causar a prisão de um motorista, entretanto, para o motorista intoxicado por maconha ou cocaína não há punição prevista. A Lei o considera uma vítima, que tem que ser tratada e com o nosso dinheiro.

A multinacional Monsanto vendeu sementes geneticamente modificadas, que produzem melhor e não são afetadas por um eficiente agrotóxico vendido pela própria Monsanto. Agora pretende cobrar royalties de 2%  por qualquer produção de safras produzidas pelas sementes de geração posterior colhidas das safras das sementes que ela vendeu. Que cara de pau.

O Incra  quer acelerar o processo de regularização fundiária das comunidades quilombolas. Com a tradicional desfaçatez das ONGs que se dizem representar os descendentes dos quilombolas, isto significa possibilidade de novos confiscos, em consequencia novos conflitos. Entre outras pretensões está todo o perímetro urbano da cidade de São Mateus, no Espírito Santo.  

Haddad, prefeito eleito de S. Paulo, facilitou o trabalho do Ministério Público, escolheu para seu secretário da Saúde, José de Fillipi,  já  condenado em segunda instância e para Secretaria da Educação Cleuza Repulho, denunciada pelo Ministério Público como uma das responsáveis por um desvio de R$ 48,8 milhões, em Santo André.  Haddad poupou trabalho, escolhendo secretários já investigados.

Arrogância britânica. Só falta essa:  O The Economist pede a demissão de ministro do Brasil. Falta indicar Tony Blair para nosso ministro da Defesa.

Alguns petistas radicais falam em levar o julgamento do mensalão às cortes internacionais. Pelo jeito esses, além de corruptos, nem se consideram brasileiros. Pensam que são “cidadãos do mundo”.
 
Que Deus guarde a todos vocês
 
Gelio Fregapani

 

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