O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, voltou a recusar nesta segunda-feira as propostas, que recebeu do exterior, de colaboração para a abertura de diálogos de paz com as guerrilhas, considerando essas ofertas "contraproducentes".
"Foram apresentadas várias iniciativas, enviadas por personagens nacionais e internacionais que querem criar um grupo e intervir", afirmou Santos, sem mencionar nomes, durante um ato no departamento de Antióquia (noroeste).
O presidente disse que sua negativa foi trasmitida, também, a vários presidentes latino-americanos que se ofereceram para colaborar durante a reunião de cúpula de criação da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac) em dezembro, em Caracas. "O melhor é que não haja intromissões, que aguardem que se apresentem as circunstâncias adequadas", como dissemos tantas vezes, frisou Santos.
O Exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda guerrilha da Colômbia, havia pedido à Celac apoiar diálogos que permitissem uma solução pacífica para o conflito armado de há quase meio século.
Desde sua chegada ao poder, em 2010, Santos deixou aberta as portas do diálogo com o governo às guerrilhas ELN e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), sempre que demonstrarem sua disposição de paz, com ações como a renúncia ao sequestro, ao recrutamento de menores e os atentados.