O governo da China declarou que se opõe tanto ao uso de armas químicas na Síria como a uma intervenção militar no país árabe, enquanto os Estados Unidos continuam avaliando se é correto que o regime de Bashar al Assad realizou ataques desse tipo contra as forças rebeldes.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, defendeu nesta quinta-feira firmemente que a potência asiática não apoia o uso de armas químicas, "independentemente de quem as utilize".
"O que é importante é que todas as partes parem a violência o mais rápido possível", enfatizou a porta-voz.
Perguntada sobre se a China, como já sugeriram os Estados Unidos, se somaria a uma intervenção militar se fosse comprovado que o governo sírio fez uso de armas químicas, Hua respondeu: "Nos opomos a ambas: tanto à intervenção militar como ao uso de armas químicas".
Washington ainda investiga se o regime de Damasco cruzou o que Barack Obama definiu como uma "linha vermelha", que poderia desencadear uma intervenção na guerra síria.
Por enquanto, os serviços de inteligência americanos concluíram, com "diversos graus de confiança", que foram usadas armas químicas, presumivelmente pelo regime do presidente Assad.
Por sua vez, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu do governo sírio um "acesso completo" a esse país para que uma equipe de especialistas possa determinar se o armamento foi usado.
A China, assim como a Rússia, se opôs em pelo menos duas vezes a aumentar as sanções contra Damasco no Conselho de Segurança da ONU, do que é membro permanente, e rejeita qualquer tipo de ingerência no país árabe.
Hua voltou a ressaltar que Pequim quer estimular a negociação política na Síria e fez um apelo à comunidade internacional para que "aumente seus esforços para achar uma solução pacífica ao conflito de forma responsável".