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China lança primeiro porta-aviões em viagem inaugural

A China lançou seu primeiro porta-aviões para uma viagem inaugural nesta quarta-feira, em uma medida que deve impulsionar o orgulho patriótico no país mas gerar nervosismo no exterior sobre as ambições navais de Pequim.

A aguardada estreia do navio, um ex-porta-aviões soviético reformado, marcou um passo adiante no plano de longo prazo da China de montar uma força naval que possa projetar poder na região asiática, onde os mares são ocupados por faixas de embarcações comerciais e complicadas disputas territoriais.

"Sua importância simbólica supera sua importância prática", disse Ni Lexiong, um especialista em política marítima chinesa da Universidade de Ciências Políticas e Direito da Universidade de Xangai.

"Já somos uma potência marítima, e portanto precisamos da força adequada, seja em porta-aviões ou navios e guerra, assim como os Estados Unidos ou o império britânico", disse ele por entrevista telefônica.

O porta-aviões "deixou o estaleiro no porto de Dalian, na província de Liaoning, na manhã desta quarta-feira para começar sua primeira tentativa no mar", disse a agência de notícias Xinhua, descrevendo a viagem como experimental para um navio ainda inacabado.

O porta-aviões, que tem cerca de 300 metros de comprimento, passou por névoas e soou o berrante três vezes ao deixar o porto, disse a agência Xinhua. A China tem construído novos submarinos, navios e mísseis balísticos anti-navios como parte de sua modernização naval.

A crescente presença marítima do país gerou nervosismo na região por conta das históricas disputas territoriais, que poderiam acelerar uma expansão militar em toda a Ásia.

No ano passado, a China se envolveu em conflitos com o Japão, o Vietnã e as Filipinas. Os incidentes – colisão de barcos e acusações de incursões territoriais – têm sido pequenos, mas o desentendimento diplomático aumentou diversas vezes.

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