A polícia chinesa prendeu 17 pessoas pelo contrabando de armas a partir do norte de Mianmar para regiões de etnia tibetana no país e apreendeu uma pequena quantidade de armas e munições, disse a mídia estatal nesta quarta-feira.
A China tem demonstrado preocupação de que a instabilidade em Mianmar possa se espalhar para suas províncias e regiões na fronteira. Apesar dos fortes laços econômicos e políticos entre os dois países, as relações sofreram tensões recentes depois que Mianmar suspendeu a construção de uma usina hidrelétrica controversa, de 3,6 bilhões de dólares, que seria financiada pela China.
A agência oficial de notícias Xinhua disse que as armas foram contrabandeadas através do norte da remota fronteira entre a China e Mianmar (a antiga Birmânia), base de rebeldes contrários ao governo e chefões do tráfico de drogas.
Segundo a polícia, citada pela Xinhua, os suspeitos foram detidos na província de Yunnan, no sudoeste do país, que faz fronteira com Mianmar, na capital tibetana, Lhasa, e em uma região tibetana da província de Sichuan.
"A polícia disse que os suspeitos confessaram ter iniciado o contrabando de armas de Mianmar em 2009. Todas as armas foram vendidas para o Tibete e regiões tibetanas nas províncias de Yunnan e Sichuan", afirmou a agência.
Apesar de crimes ligados a armas serem raros na China graças aos rígidos controles, a polícia descobriu um esquema semelhante na fronteira com Mianmar em 2009, quando policiais prenderam 11 pessoas e confiscaram armas e explosivos, disse a polícia.
(Reportagem de Ben Blanchard)