Manifestantes ocupam desde segunda-feira as principais cidades do Chile para lembrar a data que marca os 39 anos do golpe militar. O Chile viveu 17 anos anos sob a ditadura do governo Augusto Pinochet (1973-1990). Ontem, um grupo de mais de 50 pessoas, inclusive crianças, atacou uma delegacia e impediu o trânsito em Santiago, a capital chilena.
Durante a madrugada, a polícia prendeu três pessoas. No domingo, em Santiago, um protesto acabou com oito presos e vários incidentes pela cidade. Todos os anos a data em que ocorreu o golpe militar – 11 de setembro de 1973 – é celebrada no país. No Chile, há o Museu da Memória em homenagem aos mortos e desaparecidos do período militar.
Hoje, ao longo do dia, vários grupos depositarão flores na porta do Palácio de La Moneda. Parentes e amigos das vítimas, além de simpatizantes do Partido Socialista, visitarão o monumento ao ex-presidente Salvador Allende – símbolo de resistência aos militares nos anos de 1970 e que estava no poder quando houve o golpe.
Pelos dados das organizações não governamentais (ONGs), a ditadura de Pinochet deixou mais de 3 mil mortos e 37 mil vítimas que sofreram prisão e torturas. Os tribunais chilenos ainda têm 350 ações à espera de julgamento sobre casos de desaparecimentos, tortura, confinamento ilegal e conspirações do período da ditadura, envolvendo cerca de 700 agentes civis e militares.
Com informações da emissora estatal de televisão do Chile, TVN.