A Chancelaria chilena anunciou na noite desta sexta-feira o nome da organização que irá retirar as minas da zona fronteiriça com o Peru, no marco de um acordo entre os dois países para solucionar esse problema.
"Depois de consultas e de reuniões exploratórias em Oslo, a entidade humanitária Norwegian People's Aid fará os trabalhos que incluirão a retirada e a destruição das minas e a posterior remoção dos elementos que identifiquem a zona de perigo", assinalou um comunicado conjunto de ambos os Governos.
A notícia chega pouco depois de o presidente do Peru, Ollanta Humala, ter afirmado que sua visita ao Chile, no próximo dia 6 para assistir à Cúpula da Aliança do Pacífico, estava subordinada à resolução de "temas bilaterais", entre os quais mencionou a retirada das minas na fronteira comum.
A ONG Norwegian People''s Aid "iniciará seu trabalho o mais breve possível, de acordo com as condições gerais de contratação e especificações técnicas", assinala o comunicado, no qual é assinalado que "o custo será coberto pelo Chile".
A zona onde ocorrerão os trabalhos de levantamento e destruição das minas "compreende parte do território de ambos os países", segundo a nota.
As minas antipessoais e antitanque foram instaladas na década de 1970, em um período de tensão entre os dois países, e se encontravam em áreas delimitadas, à espera de serem retiradas para cumprir a Convenção de Ottawa.
No entanto, as chuvas registradas em fevereiro deste ano deslocaram muitos desses artefatos, o que forçou o fechamento da passagem fronteiriça durante alguns dias e a aceleração dos trabalhos de remoção.