Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza nesta terça-feira, poucas horas depois de o gabinete do premiê Benjamin Netanyahu ter aceitado uma proposta de cessar-fogo feita pelo Egito.
As ações contra Gaza haviam sido interrompidas após a trégua. Israel alega que neste pequeno período de cessar-fogo, 50 foguetes foram disparados pelo Hamas. Em retaliação, dois novos alvos foram atingidos pelos israelenses em Gaza nesta terça.
O braço armado do grupo militante Hamas, que controla a Faixa de Gaza, disse não aceitar a proposta egípcia – a qual classificou como "rendição".
A proposta estabelecia um cessar-fogo imediato e uma série de reuniões no Cairo com a participação de delegações de alto nível de ambos os lados.
A nova onda de violência na região comelou há oito dias. Israel lançou ataques aéreos como tentativa de interromper o disparo de foguetes por militantes de Gaza contra o seu território.
Segundo autoridades palestinas, os ataques israelenses deixaram ao menos 192 mortos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de três quartos das vítimas sejam civis. Cerca de 1,4 mil palestinos ficaram feridos.
Segundo Israel, ao menos quatro israelenses ficaram feridos gravemente desde o início da ofensiva, mas não houve registro de mortes.
O Oriente Médio vive um momento de tensão desde o sequestre e morte de três jovens israelenses no mês passado. Israel acusou o Hamas dos assassinatos, mas o grupo palestino negou.
Dias depois, um jovem palestino foi morto, supostamente como vingança.