A Coreia do Norte ameaçou nesta quarta-feira lançar uma "guerra santa" contra a Coreia do Sul por difamar o regime comunista, exatamente no dia em que está previsto um encontro entre representantes dos dois lados no monte norte-coreano Kumgang. A agência estatal norte-coreana KCNA, citada pela sul-coreana Yonhap, indicou que a Coreia do Norte "varrerá o grupo de traidores através de uma guerra santa de represália", em sua habitual linguagem bélica em referência ao governo do presidente sul-coreano, Lee Myung-bak.
Além disso, o regime de Kim Jong-il voltou a acusar o Exército sul-coreano de levar a cabo ações propagandísticas como a difamação de seus líderes, algo que definiu como "pouco menos que uma clara declaração de guerra".
O escritório da KCNA exige que Seul se desculpe por estas provocações e assegurou que aqueles que ferem a dignidade da Coreia do Norte não gozarão de impunidade. As figuras do líder norte-coreano, Kim Jong-il, e de seu pai, o fundador da Coreia do Norte, o falecido Kim Il-sung, são consideradas quase sagradas e submetidas a um culto à personalidade similar ao do stalinismo.
No ano passado, Pyongyang decidiu congelar os bens sul-coreanos no complexo turístico e recentemente ameaçou tomar posse dos mesmos, mas o Ministério da Unificação sul-coreano disse que solicitará que sejam assegurados os direitos de propriedade de suas empresas na zona.